Teve lugar no dia 19 de Maio, na Biblioteca Municipal D. Dinis, em Odivelas, a apresentação do livro «Viagem a Moçambique», de Maria Barroso Soares, que contou com a presença de António Almeida Santos, Mário Soares, e da Presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Susana Amador.
Integrada na III Bienal de Culturas Lusófonas, que decorre em Odivelas até ao dia 29 de Maio, a apresentação do livro de Maria Barroso encheu a Biblioteca Municipal D. Dinis. Esta obra narra o sofrimento, sobretudo de “crianças inocentes”, que Maria Barroso, mulher do antigo Presidente português Mário Soares, testemunhou nos campos de refugiados de guerra moçambicanos na África do Sul, em 1991.
A publicação deste livro é, segundo António Almeida Santos, “um gesto nobre de um coração generoso que tentou fazer alguma coisa para acabar com uma guerra arrastada por muito tempo”.
Para Maria Barroso, escrever esta obra, “um livro pequenino e fácil de ler”, como o caracterizou, “foi uma forma de evitar que ficasse escondida uma parte da história do processo de paz moçambicano”, já que o livro narra que foi conseguida uma paz antes do Acordo Geral de Paz de 1992. No seu discurso, Maria Barroso contou, também, as diligências que encetou para que Afonso Dhlakama, presidente da guerrilha da RENAMO, que combatia o exército do Governo da FRELIMO, declarasse o cessar-fogo em Ressano-Garcia, principal localidade na fronteira de Moçambique com a África do Sul.
Na cerimónia de apresentação, Susana Amador reforçou que «Viagem a Moçambique» não é mais que “uma reposição da verdade, e um relato de uma mulher extraordinária, que teve sempre uma eficaz intervenção activa na vida cultural e política”. A Presidente da Câmara Municipal de Odivelas lembrou, ainda, que esta obra é “uma homenagem ao desafio lançado pelo Papa João Paulo II, para que o mundo cultive a civilização do amor”.
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