Mação, Sociedade

Mação acolheu Seminário Internacional

O XIV Seminário Internacional de Arte Rupestre reuniu em Mação, nos dias 12 a 14 de Abril, cerca de seis dezenas de especialistas e estudantes, que discutiram o tema da paisagem na arte rupestre pré-histórica.

Este projecto começou no Politécnico de Tomar e depois o Museu de Mação deu-lhe continuidade realizando anualmente um Seminário Internacional sobre Arte Rupestre. Neste sentido o Museu de Mação marca a agenda da arte rupestre em Portugal sendo a discussão marcada pelos trabalhos, de investigadores nacionais e internacionais, aqui apresentados.

Todos os anos, sem interrupção Mação torna-se palco do evento, por excelência, da discussão de arte rupestre.

O fio condutor do Seminário é associar, a cada ano, o tema arte rupestre com um outro. Este ano foi a paisagem conseguindo-se assim um programa intenso e muito interessante de trabalhos sobre arte rupestre como aspecto estruturante da paisagem. Foram apresentados trabalhos sobre Brasil, Portugal, Espanha, Angola, Namíbia, Grécia e Grã-Bretanha.

Para Luiz Oosterbeek, Director Científico do Museu de Mação “num momento de grandes dificuldades e restrições, é fundamental consolidar e aprofundar projectos com expressão internacional, que possam afirmar Portugal com contribuições positivas à escala global. O Seminário de Mação, que se torna possível graças ao apoio do Município mas, em grande medida, pelo financiamento de diversas instituições de outros países, é um momento de encontro de pesquisadores de vários países que, em seguida, utilizam os resultados do seminário nos seus projectos”. Luiz Oosterbeek referiu ainda que “com uma taxa de empregabilidade de 95% dos alunos de Mestrado e Doutoramento que nele frequentam cursos do IPT e da UTAD, o Museu de Mação consolida-se, assim, nessa perspectiva internacional”.

O tema da paisagem e do ambiente é hoje central nas preocupações de todos os países. Saber como era compreendida a relação com a paisagem no passado é importante neste processo. Refira-se que a paisagem é criada e percepcionada através da mente humana, representa uma gramática ou uma linguagem que pode ser lida como uma série de componentes reconhecidos, como os rios, as ribeiras, vales e escarpas. Estes fenómenos naturalmente criados têm o seu lugar e estão entrincheirados no nosso mundo; reconhecemos, interagimos e respeitamos cada componente, criando no nosso mundo um espaço reconhecível e familiar.

A Arte Rupestre é frequentemente identificada como um marcador paisagístico no estudo das paisagens pré-históricas. No entanto, na maioria das áreas nucleares de arte rupestre mundial, a paisagem não é visualmente representada; não há montanhas, nem rios, nem vegetação delimitada ou horizontes. Apesar disso, no painel é exibida a perspectiva, a proporção e o arranjo espacial entre os motivos abstractos e figuras, como as pessoas e animais, estabelecendo uma narrativa artificial e ordenada. Esta narrativa pode ser adicionada a mais de uma série de eventos de gravuras/pinturas criando uma exibição visual multifacetada onde a paisagem se torna uma série de histórias visuais complexas reproduzidas através do imaginário figurativo.

Contextos artísticos dos últimos caçadores-recolectores e dos primeiros agricultores forma detalhadamente examinados, tendo os debates permitido uma melhor compreensão de como terá funcionado a mente humana nas diferentes sociedades que foram abordadas.

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