“Uma viagem ao Jurássico” é o tema da exposição que está patente ao público no Museu da Pedra do Município de Cantanhede até ao próximo dia 30 de Abril.
Resultado de uma parceria do Museu da Pedra com o Museu Nacional de História Natural (MNHN), a exposição proporciona ao público o conhecimento sobre um dos períodos mais fascinantes da história do planeta – o Jurássico – tendo como principais objectivos divulgar ciência no campo da Evolução da Vida e das Ciências da Terra.
Trata-se de uma narrativa em quatro momentos que agrupam os temas da exposição devidamente contextualizados do ponto de vista pedagógico e científico. Das vertentes mais importantes da exposição, destacam-se “A linha do tempo”, um módulo que abre pistas para se perceber o que é este período e a “A Biodiversidade no Jurássico”, sobre a fauna e flora da altura. Por outro lado, além de “Nos mares do Jurássico” e “Em terra, no Jurássico”, os visitantes terão oportunidade de conhecer aspectos relevantes do território que hoje constitui o Concelho de Cantanhede em “No Jurássico, Cantanhede era mar!”, “Como se formam os calcários?” e “Fósseis de animais Jurássicos em Cantanhede”.
Quem visita a exposição terá assim a oportunidade de aprender onde se localiza no tempo este período, a enorme biodiversidade que existia nos vários meios ambientes, como eram o clima e a geografia de então, em particular o clima nesta região há cerca de 170 milhões de anos, assim como que animais e plantas existiam naquela altura. É possível observar também como seria uma paisagem tipicamente jurássica, tanto em ambiente terrestre como em ambiente marinho, que seria bastante semelhante ao que terá existido em Cantanhede na altura desse passado longínquo.
Estão em exposição duas ilustrações científicas à escala mural e quatro reconstituições de seres-vivos deste período, todas originais, ilustrando os ambientes marinhos e continentais do Jurássico. Poderão também ser observadas algumas peças da colecção de fósseis do MNHN, que se revelam bastante interessantes cientificamente.
Para além dos fósseis originais, estão também em exposição réplicas de crânios de dinossáurios, de um úmero de Brachiosaurus com cerca de 2,2 m de comprimento, de aves, peixes e répteis primitivos, dos quais se destaca um réptil marinho, o Liopleurodon, representado pelo seu crânio com cerca de 1, 90m de dimensão.
Recorde-se que ao abrigo desta parceria com o Museu Nacional de História Natural, o Museu da Pedra tem acolhido diversas exposições e actividades de destaque, designadamente o encerramento do III Congresso de Jovens Geo-cientistas, as exposições “4 x Vida na Terra”, “Há Só Uma Terra” e “Os Dinossauros Regressam a Cantanhede”, a representação do Museu da Pedra, através de um stand, na Conferência Internacional “As Geociências no Desenvolvimento das Comunidades Lusófonas”, entre outras.
Em 2006, o Museu da Pedra do Município de Cantanhede foi distinguido com o Prémio Geoconservação, galardão criado pelo Grupo Português da ProGEO (Associação Europeia para a Conservação do Património Geológico), com o objectivo de premiar uma autarquia que se distinga na implementação de estratégias de conservação e valorização do Património Geológico do seu concelho.
O júri decidiu atribuir o prémio à Câmara Municipal de Cantanhede, justificando a decisão pelo facto de a «…candidatura intitulada “O Museu da Pedra do Município de Cantanhede e a Educação para a Geoconservação” corresponder a uma acção já implementada e cujas actividades de divulgação e promoção do Património Geológico demonstrarem um forte empenhamento da autarquia…»
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