No próximo dia 30 de Abril, sábado, pelas 21.30 horas, a Igreja Paroquial de Ançã recebe a iniciativa Maio Coral, que vai contar com as actuações em concerto do Coral Joseph Kosma, de França, e do Choral Poliphonico de Coimbra.
O evento é organizado pelo Município de Cantanhede em parceria com o Choral Poliphonico de Coimbra, e conta com o apoio da Junta de Freguesia e da Paróquia de Ançã.
Maio Coral é um projecto que pretende contribuir para a valorização da música coral e a sua divulgação junto do público, dando a conhecer anualmente o trabalho de vários coros nacionais e estrangeiros. A ideia partiu do actual maestro do Choral Polifónico de Coimbra, Paulo Moniz, que constatou a existência de dez coros em plena actividade, só na cidade de Coimbra, o que o impeliu a criar um festival de música coral que desse expressão a este tipo de agrupamentos vocais. Assim, habitualmente em Maio, realiza-se esta iniciativa de encontro e partilha entre grupos congéneres, que pretende contribuir para a promoção de coros nacionais e estrangeiros.
PROGRAMA
Chorale Joseph Kosma
Prelude in a classic style – Gordon Young
Gaudete – Anónimo do século XIX – Arranjo de Eric Saint-Marc
Amazing Grace / Pachelbel’s Canon – Johan Pachabel/ J. A. Shafferman – Arranjo de Eric Saint Marc
The Lord is my shepherd – Howard. Goodall
Requiem – Eliza Gilkyson
Sanctus – Extracto de “Missa l’Homme Armé” – Karl Jenkins
Pie Jesu – Andrew Lloyd Webber
Exultate Justi – Extracto de «L’Empire du Soleil» – John Williams
Direcção de Cécilia Blais- Manzoni
Acompanhamento a orgão: Eric SAINT-MARC
Encore:
Salva Me – Robert Prizeman – Arranjo de Eric Saint Marc
Ave Maria – Mário de Sousa Santos
Ave Verum – Edward Elgar
Choral Poliphonico de Coimbra
Regina Coeli – Joan Cerelols
O Jesu Christe – Jaquet de Mântua
So nimm deen meine Hände – F. Silcher/J. Abel
Blagoslovi dusha moya gospoda – Dobri Christoph
Musica – Jacobus Gallus
Chorale Joseph KOSMA du GRAND TARBES
O Coral Joseph Kosma du Grand Tarbes foi fundado em 2005, na Escola de Música du Grand Tarbes, em Séméac. Joseph Kosma é um compositor de melodias que acompanharam os textos dum cantor francês, muito conhecido, Jacques Prévert.
Inicialmente este grupo foi dirigido, durante um ano, pela maestrina Cécile Dreck que, por motivos profissionais, teve de deixar a região.
Em Setembro 2006, a soprano Cecília Blais-Manzoni foi convidada para a direcção dos dois Coros da Escola de Música de Séméac (adultos e crianças), visto o interesse suscitado por esta nova actividade do Canto Coral.
O reportório deste coro é muito diverso e ajusta-se a cada ocasião. Assim, em 2009, preparou um programa de canções francesas inteiramente em homenagem ao falecido cantor Charles Trenet. Em 2010 participou num espectáculo intitulado « Música de Filmes », onde foram apresentados compositores como, Georges Gershwin, Léonard Bernstein, John Williams, Robert Prizeman ou Enya Brennan.
Igualmente em 2010 participou, entre outros, a pedido do Grand Tarbes, num espectáculo de “Música Cubana” acompanhado pela Harmonia dos Jovens Maestros Cubanos.
Após estes dois pedidos para 2010, uma nova proposta surgiu com um convite da « Abbatial de Nogaro », onde nos era solicitado um programa exclusivamente de Música Sacra e onde a música do século XX teve um lugar predominante.
Em outubro 2010, o « Chorale Joseph Kosma du Grand Tarbes » teve a alegria de receber o « Choral Polyphonico de Coimbra » e dois concertos foram dados em comum com esse Coro, um no Centro Albert Camus de Séméac e outro na cidade de Tarbes.
Logo a seguir, ainda no mês de outubro, participou ao « Festin Choral de Billère » (64), que reuniu seis Coros da Região, tendo interpretado obras de G. Gershwin, L. Bernstein, J. Rutter, A. Lloyd Webber e, pela primeira vez, a « Marcha pela Paz » d’Eric Saint-Marc.
Dois grandes projectos estão actualmente em execução:
-Gravação de um CD, preparado pelo organista Eric Saint-Marc, nos dias 1 e 2 de abril inteiramente dedicado à música do século XX de compositores como :Lloyd Webber, John Williams, Robert Prizeman, Gilkyson, Karl Jenkins….
-Preparação da primeira tournée a Portugal, no mês de abril , intercâmbio com o « Choral Polyphonico de Coimbra » com dois concertos comuns e dois Concertos na cidade de Lisboa (Igreja de São Bartolomeu do Beato e Paróquia de São Tomás de Aquino).
Habitualmente, o Chorale Joseph Kosma é acompanhado pelo organista-compositor Eric Saint-Marc.
Coral Poliphonico de Coimbra
Fundado em 1972, o Choral Poliphonico de Coimbra tem em Maria Fernanda Rovira, então Directora do Conservatório Regional de Coimbra, e no Maestro José Firmino Morais Soares as sólidas bases de competência técnica e artística que nos primórdios deram corpo ao seu objectivo de “estimular a criação de uma necessidade musical como elemento fundamental da cultura”, congregando à sua volta, e na concretização da sua iniciativa, um conjunto de vontades que o ergueram.
Inicialmente integrada a sua actividade na do Conservatório Regional de Coimbra, cedo se viu na necessidade de autonomizar a sua programação e conquistar um público próprio. Tomou então a designação de Choral Poliphonico de Coimbra, que hoje ainda mantém, embora só em 1979 tenha sido regularizada a sua situação jurídica com a elaboração da respectiva escritura pública.
Com a dedicação e o saber do Maestro José Firmino e atravessando um período de profundas alterações da sociedade portuguesa, o CPC realizou espectáculos de crescente qualidade artística conquistando agrado do público e da imprensa. A sobriedade e riqueza do seu programa contemplava música erudita, tanto portuguesa como europeia e americana, cobrindo o âmbito cronológico que, partindo da Renascença percorria os períodos Clássico, Romântico e Contemporâneo. Até 1977 incluía, além da parte coral uma parte instrumental a cargo de um conjunto de Câmara sob a direcção de João Anjo e também momentos de poesia que manteve até mais tarde.
Assim, na primeira década (1972-1982) conheceu uma intensa actividade artística realizando dezenas de concertos quer em Coimbra quer por todo o país, com excelentes referências, a tal ponto que em 1978 a câmara Municipal de Coimbra deliberou considerá-lo “Coro Representativo da Cidade”. Gravou dois LP neste período, sendo um deles destinado às Comunidades Portuguesas residentes no estrangeiro.
À passagem do seu 10º aniversário em 1982, a Câmara Municipal de Coimbra tributa ao Choral Poliphonico nova homenagem, atribuindo-lhe a Medalha da Cidade pela valiosa actividade artística, reconhecendo o seu meritório papel no panorama cultural de Coimbra e da região.
A segunda década da sua existência é marcada pela contínua procura da qualidade das suas actuações e concertos, sendo de realçar as actuações conjuntas em concertos com os instrumentistas Antoine Sibertin-Blanc (orgão de tubos) e Diogo de Freitas Branco Paós (clarinete) e a orquestra Camerata do Porto regida pelo Maestro José Ferreira Lobo.
É também neste período que o seu valor se impõe à consideração de públicos além fronteiras, com digressões a Orense (Espanha), Vandovre, Poitiers, Estrasburgo e Contrexville (França), Osnabruck e Munster (Alemanha), nas quais escreveu páginas de valor inestimável para a sua cidade e para o país.
Entretanto, em Abril de 1991, deixou a regência o Maestro José Firmino, sendo substituído pelo Maestro Luís Batalha que se manteve cerca de dois anos, até que em Setembro de 1993, assumiu essas funções o actual director artístico Maestro Paulo Moniz.
O Choral Poliphonico de Coimbra realizou em 1994 uma digressão pela região de Cluny (França) a convite da F.A.P. de Saône-et-Loire. No ano de 1995 recebe em Coimbra o Coral da cidade de Yôkaichi (Japão) e participa num concerto dedicado à Embaixada da União Europeia na visita a Coimbra no âmbito do programa “Helios II” efectuado na Capela do Palácio de S. Marcos.
Em 1996, a convite das respectivas entidades culturais, realizou com grande êxito duas digressões artísticas a França (no âmbito do intercâmbio com o coral Chanton Liberté de Poitiers) destacando-se os concertos realizados em Poitiers e Chouvigny e Açores nas ilhas de S. Jorge, Faial, Pico e Terceira.
O Choral Poliphonico de Coimbra, consciente do seu notável e prestigiado historial, salienta o papel relevante do Maestro Paulo Moniz em termos de qualidade artística, dedicação e dinamismo, encontrando-se cada vez mais empenhado para a continuação das suas activiades ao serviço da música coral.