Economia

Mobiliário Português conquista novos e exigentes mercados

A 23.ª edição da EXPORT HOME (de 23 a 27 de Fevereiro) ganhou uma nova configuração no mapa das visitas internacionais. Aos mais de 30 países que fizeram “escala” na EXPORT HOME acrescenta-se a visita dos compradores do Japão, Estónia, Mónaco e o Uruguai.

Passaram pelos corredores da EXPONOR 16.167 visitas, sendo que 1.261 foram estrangeiras, mantendo assim um índice de visitação semelhante à edição anterior da feira. Para além dos novos mercados, no ranking das visitas internacionais destacam-se as participações do mercado europeu, com Espanha a liderar, seguido da França e Rússia. «A qualidade e o design da oferta portuguesa surpreenderam, mais uma vez, os exigentes mercados que nos visitaram, permitindo excelentes contactos e a efectivação de bons negócios, referiu Amélia Monteiro, directora da EXPORT HOME, acrescentando que o «balanço desta edição só pode ser positivo».  

Qualidade e design atraem compradores internacionais

A qualidade apresentada foi testada e aprovada pelo reconhecido designer japonês, Takashi Sekimitsu, que ficou impressionado com os acabamentos e detalhes de algumas peças, referindo mesmo que «em termos de qualidade é superior ao que estava à espera de ver». Também a decoradora londrina Sarah Shorrock leva da sua primeira visita à EXPORT HOME uma «mão cheia de ideias inspiradoras e surpreendentes que não pensava encontrar no mercado português», referiu. Já o estreante Uruguai leva mais do que ideias. Ramiro López considera mesmo que Portugal se está a tornar «num pólo de negócio na área do mobiliário, com qualidade de alto nível». A oferta portuguesa atraiu ainda o representante das empresas americanas BrixHome e Fiesta Furnishings, do estado do Arizona, que garantiu o regresso na próxima edição.

À opinião dos estreantes junta-se a voz de alguns compradores repetentes que, nesta edição da EXPORT HOME, efectivaram negócios. Eis três exemplos: o caso de Steve Ward, do Reino Unido, que conseguiu realizar negócios na área da tapeçaria, com preços mais atractivos do que estava habituado; também o chinês Wu Bin, da China, da empresa Aibisi Trading Co. Ltd, concretizou negócios na mesma área; por último, Cherit Kelfani, representante da empresa Sueca MIO design, levou para a Suécia cadeiras made in Portugal (leia a opinião dos compradores em www.exporthome.exponor.pt).

Design premiado

À satisfação dos compradores junta-se a dos expositores, sobretudo das empresas distinguidas com o prémio Design EXPORT HOME 2011 (Sachi, Caifil, Opostos, Aldeco, Anaric e Ponto de luz). A iniciativa do Cluster do Mobiliário e da Associação Empresarial de Paredes teve como objectivo promover o «design nas mais variadas vertentes», criando para o efeito quatro categorias a concurso (mobiliário, estofos, iluminação e têxteis de decoração), vencendo em cada uma das áreas a empresa (das 20 distinguidas) que revelou  «empenho continuado na promoção do Design ao nível do produto, do stand e do catálogo», referiu Gualter Morgado, presidente da AEParedes, na cerimónia de apresentação dos premiados.

Os vencedores nas áreas de estofos, iluminação e artigos de decoração foram as empresas Anaric, Ponto de Luz e Aldeco, respectivamente. A categoria de mobiliário conheceu três primeiros prémios, atribuídos às empresas Sachi, Caifil e Opostos, bem como a distinção de duas menções honrosas às empresas Fenabel e J. Moreira da Silva.  

O denominador comum a todas estas empresas é a relevância do design, não só no artigo final, mas também nos bastidores da empresa. Uma boa imagem, um bom atendimento, uma embalagem atractiva e funcionários com apresentação adequada são essenciais para que uma marca funcione e se destaque de todas as outras. Hugo Lourenço, da jovem empresa Sachi (dois anos de mercado), que foi a vencedora do primeiro prémio exaequo na categoria de mobiliário, com as “veteranas” Opostos (mais de 10 anos) e a Caifil (mais de 50), entende que «hoje em dia as feiras não são para fazer vendas directas, mas sim para angariar contactos», acrescentando que a aposta no design é decisiva para o sucesso da marca. Uma opinião secundada por Manuel Azevedo, da Caifil, que fala mesmo de «um cliente exigente a quem tem que atender»; do designer Carlos Faria, da Opostos, que refere que quando está a criar «é a alma a trabalhar»; de Emanuel José, designer residente há dez anos na empresa Anaric, que acrescenta que o «design tem de atravessar a empresa na diagonal»; e, por último, de Fernando Moga, da Ponto de Luz, que vai «continuar com a mesma determinação, a  mesma vontade, a  fazer coisas diferentes». 

Ao design junta-se ainda a vontade de internacionalização da marca que leva estes e outros expositores a continuarem a apostar na presença assídua na feira. Alberto Dias, fundador da empresa Aldeco , afirma mesmo que esta edição resultou «numa presença com resultados record e foi mesmo invulgarmente um sucesso em comparação com os anos anteriores». Presentes em mais de 40 países espalhados pelo mundo, a empresa de Gaia «consegue apresentar um design próprio que quer que identifique o nosso País», tenta agora conquistar o mercado asiático, com a entrada da marca na China, Malásia e Singapura. (leia o depoimento de balanço dos expositores em www.exporthome.exponor.pt).  
 

A próxima paragem dos profissionais do sector acontece com a INHOUSE, na EXPONOR de 12 a 20 deste mês, e no mercado angolano, com a realização (23 a 26 de Junho) da 3ª edição da EXPORT HOME Angola.

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