O futuro do projecto Alqueva vai ser o tema da conferência/debate “Alqueva: os próximos 10 anos!”, que decorre no sábado, dia 12 de Fevereiro, pelas 16h, no Auditório Municipal de Reguengos de Monsaraz. Esta iniciativa da Associação Alentejo de Excelência (Fórum Alentejo) em parceria com a Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, pretende debater de forma crítica o impacto que o projecto Alqueva pode e deve ter na região, evidenciando as prioridades de execução e os problemas a ultrapassar, mas também o envolvimento das autarquias, do Governo, das empresas e da comunidade local.
Na conferência/debate, moderada por Carlos Sezões (Presidente da Associação Alentejo de Excelência), haverá intervenções de Jorge Ponce de Leão (Director-Geral do Parque Alqueva/Roncão d’el Rei), Henrique Troncho (Presidente da EDIA), António Pinheiro (especialista em Desenvolvimento Rural e Economia Agrícola e ex-vice reitor da Universidade de Évora) e José Calixto (Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz).
No concelho de Reguengos de Monsaraz existem mais de 200 quilómetros de margens do Grande Lago Alqueva e está prevista a construção de três grandes projectos turísticos, nomeadamente o Roncão d’el Rei, o São Lourenço do Barrocal e o Vila Lago Monsaraz – Golf & Nautic Resort. O primeiro empreendimento a iniciar as obras, há mais de um ano, foi o Roncão d’el Rei, com a construção do primeiro campo de golfe, do Club House e do Hotel do Monte. Na totalidade, os três projectos turísticos significam investimentos superiores a 1,2 mil milhões de euros e a criação de cerca de seis mil postos de trabalho directos e indirectos.
José Calixto, Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz salienta que “o grande impacto que o Grande Lago Alqueva vai ter neste concelho será principalmente no sector turístico, no entanto, considero igualmente prioritário o desenvolvimento de esforços para trazer o regadio aos agricultores desta região”. O autarca refere ainda que “o Município de Reguengos de Monsaraz foi o primeiro a conseguir todas as aprovações para que os projectos turísticos previstos possam iniciar as obras, tendo licenciado cerca de 17 mil camas turísticas. Foram assim desenvolvidos e aprovados planos de pormenor que nos asseguram um ordenamento adequado do território, afastando qualquer hipótese de nascerem empreendimentos desadequados à região e de se chegar a um caos urbanístico idêntico ao de outros concelhos do país, pois no Grande Lago Alqueva pretende-se um turismo de qualidade”, assegura José Calixto.