O presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis elogiou a dedicação e o empenho que as instituições de solidariedade social colocaram no terreno para que fossem atingidos os objectivos do Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social (AECPES).
«Fechadas as comemorações do AECPES, temos hoje um concelho mais justo, mais solidário, mais coeso e mais determinado em ajudar os pobres e os que menos têm», afirmou Hermínio Loureiro, no encerramento da iniciativa lançada pela Comissão Europeia.
«Temos instituições particulares de solidariedade social (IPSS) de grande dedicação e elas foram, sem dúvida, com as associações e as juntas de freguesia, das principais responsáveis pelo sucesso do programa que desenvolvemos em todo o concelho», disse Hermínio Loureiro.
«Ficámos impressionados com a resposta dada no terreno pelas 19 freguesias e, por isso, valeu a pena termos sido ambiciosos para tornar o concelho mais solidário», acrescentou.
Segundo Hermínio Loureiro, o trabalho realizado, que mereceu elogios do coordenador nacional do AECPES, Edmundo Martinho, «deve ter agora continuidade pela maior acuidade que a actual crise traz às questões sociais».
«Todos sabemos que as consequências da crise aumentam o desemprego, a violência e a pobreza, o que nos obriga a estarmos no terreno junto dos que menos têm e dos que mais precisam», afirmou Hermínio Loureiro.
O autarca lembrou o último estudo da UNICEF que compara os 24 países da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico (OCDE) em termos de igualdade na saúde, educação e bem-estar material das crianças.
Intitulado «As crianças que ficam para trás», o estudo conclui que países como a Itália, os Estados Unidos, o Reino Unido, a Grécia e Portugal estão a permitir que as suas crianças mais vulneráveis fiquem para trás do que outros como a Dinamarca, a Finlândia, a Irlanda, a Suíça e a Holanda.
«Não podemos deixar nenhuma criança para trás por falta de apoios», disse Hermínio Loureiro, frisando que as questões sociais não são uma «fatalidade».
«Temos que saber todos, em conjunto, encontrar soluções para ultrapassar os problemas e ninguém pode ficar excluído desse combate», disse.
Para Edmundo Martinho, coordenador nacional do Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social, o programa executado pela autarquia foi um exemplo para o país.
O responsável salientou o «empenho, o trabalho e a vontade» da autarquia em introduzir transformações na sociedade. «Meses depois de ter ficado impressionado com a ambição do programa municipal é certo que as expectativas foram ultrapassadas», disse.
Segundo o dirigente máximo da Segurança Social, o AECPES fica como um «estímulo» e uma «chamada de todos nós à responsabilidade».
No encerramento do AECPES em Oliveira de Azeméis, que coincidiu com o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, a autarquia fez um balanço das acções, centradas na «Estafeta da Solidariedade» que percorreu as 19 freguesias, envolvendo associações, IPSS, comissões locais de freguesia e a sociedade civil.
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