Odivelas, Sociedade

Manuel Alegre em Odivelas

Na próxima sexta-feira, dia 29 de Outubro, o poeta Manuel Alegre marca presença em Odivelas, às 16h, no Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas, na Pontinha, para debater a Liberdade, partilhando a sua experiência de vida no regime ditatorial pré-25 de Abril.
 
As Conferências da Liberdade visam, sobretudo, sensibilizar o público escolar para a história, o ensino e a aprendizagem de conceitos tão abrangentes quanto o são a Cidadania, a Democracia e a Liberdade.
 
Estas tertúlias já contaram com a presença e testemunhos de Iva Delgado, filha de Humberto Delgado, e de Joaquim Furtado, o jornalista que na noite do 25 de Abril, leu ao País o comunicado do Movimento das Forças Armadas. Chegou, pois, o momento de Manuel Alegre dar o seu contributo, enriquecendo o Ciclo de Conferências da Liberdade.
 
Manuel Alegre (Biografia)
 
Manuel Alegre de Melo Duarte nasceu a 12 de Maio de 1936 em Águeda. Estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde foi um activo dirigente estudantil. Apoiou a candidatura do General Humberto Delgado. Foi fundador do CITAC – Centro de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra, membro do TEUC – Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra, campeão nacional de natação e atleta internacional da Associação Académica de Coimbra. Dirigiu o jornal A Briosa, foi redactor da revista Vértice e colaborador de Via Latina.
A sua tomada de posição sobre a ditadura e a guerra colonial levam o regime de Salazar a chamá-lo para o serviço militar em 1961, sendo colocado nos Açores, onde tenta uma ocupação da ilha de S. Miguel, com Melo Antunes. Em 1962 é mobilizado para Angola, onde dirige uma tentativa pioneira de revolta militar. É preso pela PIDE em Luanda, em 1963, durante 6 meses. Na cadeia conhece escritores angolanos como Luandino Vieira, António Jacinto e António Cardoso. Colocado com residência fixa em Coimbra, acaba por passar à clandestinidade e sair para o exílio em 1964.
Passa dez anos exilado em Argel, onde é dirigente da Frente Patriótica de Libertação Nacional. Aos microfones da emissora A Voz da Liberdade, a sua voz converte-se num símbolo de resistência e liberdade. Entretanto, os seus dois primeiros livros, Praça da Canção (1965) e O Canto e as Armas (1967) são apreendidos pela censura, mas passam de mão em mão em cópias clandestinas, manuscritas ou dactilografadas. Poemas seus, cantados por Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira, tornam-se emblemáticos da luta pela liberdade. Regressa finalmente a Portugal em 2 de Maio de 1974, dias após o 25 de Abril.
Entra no Partido Socialista onde, ao lado de Mário Soares, promove as grandes mobilizações populares que permitem a consolidação da democracia e a aprovação da Constituição de 1976, de cujo preâmbulo é redactor.
Deputado por Coimbra em todas as eleições desde 1975 até 2002 e por Lisboa a partir de 2002, participa esporadicamente no I Governo Constitucional de Mário Soares. Dirigente histórico do PS desde 1974, é Vice-Presidente da Assembleia da República desde 1995 e é membro do Conselho de Estado (de 1996 e 2002 e de novo em 2005). É candidato a Secretário-geral do PS em 2004, naquele que foi o mais participado Congresso partidário de sempre.
Em 2005 candidatou-se à Presidência da República, como independente e apoiado por cidadãos, tendo obtido mais de 1 milhão de votos nas eleições presidenciais de 22 de Janeiro de 2006, ficando em segundo lugar e derrotando o candidato oficial apoiado pelo PS.
Em 23 de Julho de 2009 despediu-se do lugar de Deputado, que ocupou durante 34 anos e que deixou por vontade própria nas legislativas de Setembro. Foi reeleito para o Conselho de Estado em Novembro de 2009.
Em Janeiro de 2010 anuncia a sua disponibilidade para travar o combate das presidenciais em 2011 e em Maio de 2010 apresentou formalmente a sua candidatura à Presidência da República.
É sócio correspondente da Classe de Letras da Academia das Ciências eleito em Março de 2005.
In www.manuelalegre.com

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