A segunda edição do maior evento ligado às artes plásticas e multimédia realizado em Lamego homenageou o escultor, desenhador e gravador José Rodrigues, um dos maiores nomes das artes plásticas portuguesas, representado em várias colecções particulares e instituições, no país e no estrangeiro. O artista juntou “muitos amigos” durante este encontro, personalidades de reconhecido mérito cultural e das belas-artes, nomeadamente a antiga ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, e a presidente da Sociedade Portuguesa de Belas Artes, Emília Nadal, a homenageada na primeira edição.
Organizado pelas Edições Cão Menor, em parceria com a Câmara Municipal de Lamego, o programa do PLAST&CINE 2010 incluiu, entre outras iniciativas, exposições com peças do autor do Cubo da Ribeira do Porto, a apresentação do livro A menina que falava com grilinhos com ilustrações do mestre, a antestreia de um documentário sobre o artista plástico e intervenções de arte pública. Na edição deste ano, houve a preocupação de interagir com a população de Lamego e com várias instituições da cidade, em particular a Santa Casa da Misericórdia e a Universidade Sénior Jerónimo Cardoso, através da apresentação de exposições de pintura, cujos trabalhos serão oferecidos à Fundação José Rodrigues.
Um dos pontos altos deste encontro multidisciplinar foi a realização, no Teatro Ribeiro Conceição, de uma conferência dedicada a José Rodrigues, na qual o homenageado partilhou as memórias de uma vida subordinada às artes, secundado pela intervenção de diversas personalidades que acompanharam o seu percurso artístico e vivencial ou que estudaram profusamente a sua obra. Em simultâneo, o PLAST&CINE 2010 também apresentou um conjunto de intervenções de arte pública disseminadas pela cidade que convocaram a atenção e a participação dos lamecenses, não apenas para o universo artístico de José Rodrigues, mas também para a própria cultura local. Neste sentido, a exposição reproduziu o tema Baco na obra de José Rodrigues, composta por objectos da faina vitivinícola do Douro: carro de bois, charrete, prensas, pipas, destiladores, entre outros. Durante dois dias, 18 e 19 de Setembro, Lamego tornou-se o centro da arte contemporânea portuguesa.
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