O Município de Reguengos de Monsaraz vai implementar o Regime de Fruta Escolar, medida que vai abranger cerca de 500 alunos dos oito estabelecimentos de ensino do 1.º ciclo do ensino básico do concelho. Este regime está associado aos lanches saudáveis (substituindo os bolos e as bolachas) e visa a distribuição de frutas e produtos hortícolas nas escolas duas vezes por semana, promovendo-se o importante papel que desempenham na dieta alimentar e na criação de hábitos de alimentação saudáveis que contribuam para o combate à obesidade e a outras doenças.
Assim, a autarquia vai assinar um protocolo de colaboração e constituir uma equipa de trabalho com o Agrupamento de Escolas e criar uma parceria com o Centro de Saúde no âmbito da saúde escolar (nutrição, higiene oral, prevenção da obesidade, entre outros). Em paralelo à implementação do programa serão promovidas medidas de acompanhamento que visam a dinamização de actividades pedagógicas associadas à educação alimentar.
José Calixto, presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz considera que “entre as vantagens do programa proposto pela Comissão Europeia de distribuição, a título gratuito, de frutas e produtos hortícolas às crianças nas escolas, destaca-se também a possibilidade de contribuir de forma positiva para a valorização das produções e dos mercados locais e, deste modo, potenciar o aumento da divulgação e do consumo dos produtos nacionais”.
O aumento da obesidade infantil pode já ser descrito como uma epidemia. Com efeito, no conjunto dos países europeus, o crescimento anual do número de crianças com excesso de peso é de 1,2 milhões, das quais 300 mil são consideradas obesas. A Organização Mundial de Saúde recomenda a ingestão diária de 400 gramas de fruta e hortícolas por pessoa, no entanto, a maioria dos europeus não consome quantidades suficientes, sendo particularmente evidente este deficiente consumo entre os mais novos. Estima-se que, no conjunto dos 25 países da União Europeia existam 22 milhões de crianças com excesso de peso, das quais 5,1 milhões são já consideradas obesas.