Lamego, Sociedade

Assembleia da República exalta “grande humanismo”de Fernando Amaral – Lamego

     “Um lamecense ilustre que ficará para sempre ligado à vida democrática do nosso país”, “um símbolo dos portugueses que se valorizam pela aprendizagem, pelo conhecimento, pela educação”, “um espírito crítico e irrequieto”. Jaime Gama não poupou nos elogios ao recordar a memória e o exemplo de cidadania que Fernando Amaral, antigo Presidente da Assembleia da República, durante três sessões legislativas, sempre demonstrou no desempenho dos mais elevados cargos públicos em Portugal e na Europa. A evocação da ética política e a dimensão humana deste emérito cidadão lamecense foi exaltada durante a cerimónia pública de homenagem que a Assembleia da República e a Associação dos Antigos Deputados prepararam, em parceria com a Câmara Municipal de Lamego, a 14 de Setembro último, na cidade de Lamego.

      Familiares, amigos, antigos e actuais deputados de diversas forças políticas, autarcas, representantes de entidades religiosas e militares e muitos lamecenses anónimos uniram-se para homenagear um dos mais notáveis políticos da democracia portuguesa, falecido a 24 de Janeiro de 2009. Antes da sessão solene realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho, foi descerrada uma placa evocativa no nº6 da Rua dos Bancos, edifício onde Fernando Amaral manteve o seu escritório de advogado, profissão que exerceu durante três décadas. Momentos depois, Fernando Lobo do Amaral, filho do homenageado, recordou o percurso académico e profissional do “ser irrequieto que não se conformava com o país em que vivia”, antes do 25 de Abril. Advogado distinto e tribuno eloquente, filho de um casal que tinha “uma taberna na Praça do Comércio”, foi um aluno brilhante que, mais tarde, fruto da sua “capacidade de gerar consensos” alcançou os lugares cimeiros da hierarquia política portuguesa. “Esta cerimónia também é uma homenagem ao nosso parlamento democrático”, conclui. Uma opinião partilhada por Luís Barbosa, da Associação dos Antigos Deputados: “É nossa obrigação guardar a memória das grandes figuras que prestigiaram a Assembleia da República”.

     A nobreza de carácter e a condição de homem livre de Fernando Amaral foi enfatizada pelo Presidente da Câmara Municipal de Lamego, Francisco Lopes, que recordou a recente instituição, pela Assembleia Municipal, do Prémio Fernando Amaral, destinado a distinguir trabalhos de alunos das escolas do ensino secundário do concelho que versem sobre os valores da liberdade, da democracia e da justiça. Este galardão visa conservar o seu legado pessoal, assente na moralidade dos costumes e na ética política. “A memória e o exemplo de Fernando Amaral perduram para além da sua extinção física. É pois sobre os princípios e valores que defendeu que podemos construir um Portugal melhor”, sublinha. Na despedida, Jaime Gama resumiu o seu pensamento sobre o antigo titular do cargo que agora ocupa: “Fernando Amaral era uma grande humanista”.

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