O Centro de Treino Municipal de Boccia, a criar nas instalações do Centro de Recuperação de Crianças e Jovens Deficientes e Inadaptadas de Oliveira de Azeméis (CERCIAZ), deverá estar em condições de funcionamento ainda este ano, garantiu o presidente da autarquia, Hermínio Loureiro.
A nova estrutura – resultante de um protocolo assinado entre a Câmara Municipal e a CERCIAZ – vem criar novas condições no desenvolvimento da modalidade «já com algum historial» no concelho.
Em declarações à EDV Informação, o autarca recordou o apoio que o município tem dado nos últimos anos ao boccia, acolhendo inclusive estágios da selecção portuguesa.
Oliveira de Azeméis recebeu ainda, em 2005, a fase final do Campeonato Nacional, o Campeonato de Portugal (2004) e o Campeonato Nacional (2003).
«Além da melhoria do treino, pretendemos que este seja um espaço de competição e convívio», referiu Hermínio Loureiro.
«O desporto é um excelente factor de integração e, nessa perspectiva, temos vindo a apoiar o desporto adaptado», frisou.
Segundo o autarca, o futuro centro poderá ser utilizado por todas as pessoas portadoras de deficiência, sendo intenção inscrever uma equipa do município na Associação Nacional de Deficiência – Paralisia Cerebral.
«Os praticantes de boccia merecem que se olhe para eles com uma atenção muito especial e, por isso, todos os apoios são fundamentais para o desenvolvimento e incremento da modalidade», acrescentou.
O boccia é uma modalidade exclusiva para atletas com deficiência – paralisia cerebral ou doenças neuro-musculares – e consiste em lançar pequenas bolas de pele para o mais próximo possível da bola alvo.
Para os atletas com maior grau de deficiência é utilizada uma calha.
Em 1984, foi reconhecido como modalidade paralímpica.
As classes desportivas dos Jogos Paralímpicos integram letras referentes à modalidade, que, no caso do boccia, é «B» e um número, que revela o grau de deficiência. Os valores mais baixos dizem respeito a graus mais severos de deficiência.
O jogo foi introduzido em Portugal, em 1983, aquando da realização do primeiro curso de Desporto para Deficientes com Paralisia Cerebral. No ano seguinte, integrou o calendário competitivo do Campeonato Nacional para a Paralisia Cerebral como modalidade de demonstração.
Hoje é a segunda modalidade paralímpica que mais medalhas conquistou para Portugal, assumindo um papel importante na reabilitação do deficiente a nível recreativo e competitivo.
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