Depois da estreia no Cine-teatro Constantino Nery, a peça de teatro “Amor Solúvel” atravessou o Atlântico e rumou ao Brasil, tendo esgotado salas em quatro cidades.
A peça de teatro “Amor Solúvel”, produzida pelo Cine-teatro Constantino Nery/Câmara Municipal de Matosinhos, esteve em cena no Brasil, mais concretamente no V Circuito de Teatro Português em S. Paulo.
“Amor Solúvel” é uma Comédia Musical escrita por Carlos Tê, com encenação de Luísa Pinto e Direcção Musical de Hélder Gonçalves (Clã).
A apresentação da peça de teatro no Brasil implicou uma adaptação do texto ao sotaque brasileiro. A receptividade do público foi bastante considerável.
“Amor Solúvel” subiu ao palco nos seguintes locais: Teatro Municipal de S. Carlos (São Carlos), Teatro Brigadeiro (S. Paulo), Teatro Municipal de Santo André (Santo André), Teatro Lulu Benecase (Americana).
O balanço não poderia ter sido mais positivo, nas palavras da encenadora da peça, Luísa Pinto: “Estreamos no Museu de Arte de S. Paulo. Fizemos uma breve apresentação da história de Matosinhos, cidade que estávamos a representar. Tivemos lotações esgotadas. O público ficou ao rubro. Fomos a única companhia a ter um convite para levar o “Amor Solúvel” ao Rio de Janeiro, em Outubro do próximo ano, para estar um mês em cartaz. A experiência não poderia ter sido mais positiva. Foi um intercâmbio extraordinário”.
O elenco do espectáculo integrou uma convidada muito especial, Lilian de Lima, actriz brasileira com uma grande experiência na televisão e no teatro que, de resto, virá a Portugal e integrará novamente o elenco na reposição de “Amor Solúvel” em Setembro do próximo ano, no Cine-teatro Constantino Nery.
“AMOR SOLÚVEL é um consultório sentimental em formato de talk show televisivo, onde um professor sexólogo disserta sobre o amor nas suas várias vertentes acompanhado por uma entrevistadora embevecida que lhe põe as questões que recebe por mail dos espectadores. O doutor é um sábio dotado da rara particularidade de ilustrar os pensamentos e os conselhos com canções.
As suas teorias são enriquecidas e reforçadas pela análise das canções populares o seu papel desempenhado na construção do imaginário amoroso ocidental.
A peça não tem uma história, é um consultório sentimental que explora questões enviadas por correio electrónico, mas, no seu decurso, tanto o doutor como a entrevistadora, assim como um dos camera-men, cederão a impulsos confessionais, pequenas catarses íntimas, muito ao gosto do mundo televisivo, provocando a inversão de papéis e levando a que, num dado ponto, o analista seja a analisado pela entrevistadora e pelo camera-man, depois de estes terem tido também os seus momentos de confissão pública.
Nos momentos musicais, a entrevistadora canta com o professor em duetos românticos, ajudados pelas harmonias dos camera-men, fazendo a peça deslizar para uma atmosfera inspirada nas obras para televisão do dramaturgo inglês Denis Potter.”
Texto: Carlos Tê
Encenação e Figurinos: Luísa Pinto
Interpretação: Joana Manuel; Lílian de Lima (actriz brasileira convidada); Romeu Costa; Rui David; Jorge Loureiro
Direcção Musical: Hélder Gonçalves