Arouca, Sociedade

Câmara municipal surpreendida com reacção do «SOS Rio Paiva» – Arouca

Foi com dupla surpresa que a Câmara Municipal de Arouca leu as declarações produzidas pelo movimento SOS Rio Paiva, sobre o Projecto de Desenvolvimento do Turismo Activo no Rio Paiva. Por um lado, por  poder sequer pairar a suspeita quanto às intenções de preservação de um recurso natural fundamental, como o Rio Paiva, quando a própria autarquia foi promotora do processo de reconhecimento de Arouca como Geopark, por parte da UNESCO, sabendo-se o grau de responsabilização que esse galardão impõe. Por outro, pelo facto de o referido movimento afirmar ter obtido informação do ICNB dando conta do desconhecimento deste projecto, quando, desde 2007, existe uma comissão de acompanhamento da candidatura deste projecto a fundos comunitários (ON/III QCA), comissão essa que conta com dois técnicos do ICNB, como o podem atestar as actas de reunião, com as respectivas assinaturas.
 
Um território Geopark não pode, em simultâneo, promover a biodiversidade, preservar os recursos naturais e danificar o que é hoje reconhecido como património natural da humanidade, pelo que os receios, embora legítimos, do movimento SOS Rio Paiva, não encontram fundamento. A autarquia assumiu uma perspectiva sustentável do seu desenvolvimento, não podendo, de forma alguma, descurar a preservação dos recursos que lhe permitiram afirmar-se como um Geopark de referência.
 
Assim, a Câmara Municipal de Arouca reitera a afirmação de que o ICNB tem acompanhado, precisamente enquanto membro da comissão de acompanhamento da candidatura, e não produziu, até ao momento, qualquer parecer negativo em relação ao projecto. Reitera, ainda, a afirmação de que este projecto não é, de modo algum, agressivo de um recurso natural fundamental para o território Arouca Geopark, que queremos, também com este projecto, continuar a dignificar e a afirmar internacionalmente, como destino turístico de excelência, mas também, e sobretudo, como paraíso natural, de que não abdicamos.

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