Sociedade, Tomar

Câmara aprova projecto da envolvente ao Convento de Cristo – Tomar

O Executivo Municipal aprovou no passado dia 9 de Junho, quarta-feira, em reunião de Câmara, o projecto de requalificação da envolvente ao Convento de Cristo. Depois do estudo prévio que definia as linhas orientadoras da intervenção que decorre no âmbito do PIVUT – Programa Integrado de Valorização Urbana de Tomar e da Rota dos Mosteiros Património da Humanidade, apresentado a 17 de Julho do ano passado, algumas alterações são agora introduzidas.
A principal modificação ao estudo elaborado pelo gabinete de arquitectos BB Consulting – Arquitectura e Engenharia S.A. acontece ao nível do projecto do quiosque previsto para o Terreiro D. Gualdim Pais. Depois de reuniões havidas entre o gabinete de arquitectos, a autarquia e o IGESPAR – Instituto de Gestão do Património Arquitectónico, propôs-se novo projecto que foi aprovado na semana passada.
 
Terreiro Gualdim Pais: integrar a nova construção no ambiente existente
foi a principal preocupação
 
O novo edifício é composto por dois pisos. No rés-do-chão situa-se o bar, com uma zona de balcão e uma zona de expositores; uma pequena zona de serviços, composta por uma copa e arrumos; e ainda a instalação sanitária para pessoas com mobilidade condicionada. A partir do rés-do-chão acede-se ao piso inferior por umas escadas que se localizam no átrio de entrada.
No piso -1 (menos um) localizam-se as instalações sanitárias públicas e a zona de serviços, separadas fisicamente. Aqui se situam também os balneários e vestiários dos funcionários, um armazém, uma área técnica e uma arrecadação. Apesar de este piso se encontrar enterrado, a diferença de cotas existente no local permite criar um acesso directo ao exterior a partir da Calçada de Santo André, facilitando o acesso à zona de serviço.
Junto à entrada principal do edifício localiza-se uma zona de esplanada, que acompanha toda a fachada envidraçada do bar e é composta por uma pérgola em estrutura metálica.         
De acordo com a equipa de arquitectos, “ao nível dos acabamentos houve a preocupação de definir um conceito em que a utilização de materiais naturais como a pedra, o vidro, derivados de madeira, metal e os seus derivados fossem facilmente aplicáveis em soluções modulares. Importante era que integrassem com harmonia a métrica estrutural estabelecida no projecto, conferindo-lhe um aspecto ordenado e de fácil interpretação arquitectónica.”
“Pretende-se que o resultado final do conjunto seja uma imagem agradável e cuidada, integrada e em consonância com o ambiente que a envolve, fazendo sobressair a interactividade dos espaços projectados”, acrescentam.
Ainda na placa central do Terreiro D. Gualdim Pais está previsto o estacionamento para pessoas com mobilidade condicionada (dois lugares), para viaturas ligeiras (oito lugares) e espaço para a paragem dos carros de cavalos (que vão fazer a ligação à cidade) e do comboio turístico, entre outros veículos alternativos.
 
 
Mantém-se privilégio ao acesso pedonal
 
O projecto inicial, e nesse aspecto nada se altera, obedece a uma filosofia que aposta nos acessos pedonais como facilitadores da ligação da cidade ao Convento de Cristo e vice-versa. O projecto prevê a requalificação de quatro ligações principais: o percurso pela Mata Nacional dos Sete Montes, obra a decorrer; a requalificação das Calçadas de Santiago e Santo André, que vão funcionar como um prolongamento das ruas do centro histórico até ao Convento de Cristo, atravessando a rua Vieira Guimarães sob a forma de passadeiras elevadas. O objectivo é eliminar todos os obstáculos no acesso. O projecto prevê também a requalificação da rua Vieira Guimarães, a rua que permite o acesso automóvel ao monumento. Também aqui se aposta no acesso pedonal através de um passeio ao longo de todo o lado direito de quem sobe, permitindo que se aprecie a vista sobre a cidade.
 
Ala Norte do Convento de Cristo vai ganhar mais visibilidade
 
Outro dos principais objectivos desta intervenção, cujo projecto teve desde sempre o acompanhamento do IGESPAR, é libertar a ala norte do Convento de Cristo, permitindo-lhe assumir o protagonismo que merece, deixando de funcionar como “traseiras” do monumento. Por isso o projecto prevê o desaparecimento dos automóveis junto à fachada, criando bolsas de estacionamento quer para autocarros, quer para automóveis, ainda que não seja essa a grande aposta desta intervenção. Do lado oposto ao acesso para a Ermida Nossa Senhora da Conceição está prevista a criação de um espaço para estacionamento, com lugar para 21 viaturas ligeiras. Localiza-se na zona com menor coberto arbóreo e está prevista também a integração harmoniosa na paisagem.
Neste caso o projecto em pouco se altera. Prevê-se agora o rebaixamento da intervenção pensada inicialmente para junto da fachada norte do monumento. Uma das escadarias previstas desloca-se para a porta de acesso ao Claustro da Micha, assim como surge outra escadaria junto à porta entre o Hospital Militar e o Claustro da Hospedaria.
Para esta zona prevê-se seis lugares de paragem para autocarros.

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