Cultura, Póvoa de Varzim

Praça dos Pintores – ponto de encontro para o convívio e para a expressão artística – P. Varzim

Os jornais espalhados pelo chão a servir de resguardo, os cavaletes dispostos em círculo, as telas, os pincéis ou vestígios de tinta deram a entender que, no passado fim-de-semana, o Diana Bar não era apenas um pólo de leitura mas também uma praça, a “Praça dos Pintores”.
58 jovens, com idades entre os 14 e os 27 anos, participaram na 16ª edição deste evento dinamizado pela Associação de Amizade Póvoa de Varzim / Cidades Geminadas, com o apoio da Câmara Municipal. Durante dois dias, sábado 29 e domingo 30, desenvolveram trabalhos de pintura respeitando o tema “Incluir + / excluir -”, de forma a assinalar o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social. E apesar de esta ser uma competição, com os participantes divididos em dois escalões – o A para jovens com idades entre os 14 e os 17 anos e o para B jovens dos 18 aos 27 anos – , o que sobressai são os momentos de convívio e também de intercâmbio, já que, como é habitual, jovens provenientes de Eschborn e Montgeron, com quem a Póvoa mantém relações de amizade e geminação, participaram.
Tim, de 18 anos, é um dos quatro jovens alemães presentes na Póvoa de Varzim. A participar no concurso pela primeira vez, contou que soube do mesmo através de um seu professor. Sobre a sua participação, fez um balanço positivo, explicando que, para além da competição, tem a oportunidade de conhecer uma nova cultura, o que é sempre “muito interessante”. Por isso, afirmou, “gostaria de voltar no próximo ano”. Sobre o concurso, explicou que o seu objectivo é “mostrar que toda a gente pode pintar e assim demonstrar os seus sentimentos”. Também Julia e Elodia, duas das três jovens de Montgeron que este ano participaram, elogiaram a simpatia dos poveiros e o bom ambiente criado pela Praça dos Pintores.
Ana Luísa Neiva, de 17 anos, é estreante na Praça dos Pintores. A pobreza foi o mote escolhido para a sua pintura mas, confessou, não a preocupam os prémios. “Apesar de a pintura ser algo individual, é divertido participar pelo convívio, que é mais importante que a competição”.
“É um ponto de encontro”, definiu André Tiago, que conta já com três participações na Praça dos Pintores. “Gosto do ambiente, estou a fazer algo que posso partilhar com as pessoas e ao mesmo tempo reencontro amigos”, explicou o poveiro que vê na pintura uma forma de “relaxar”.
Francisco Casanova, Presidente da Associação de Amizade Póvoa de Varzim / Cidades Geminadas, conta que a Praça dos Pintores é acima de tudo um espaço para o “desenvolvimento da criatividade”, a que se junta uma contínua aposta no intercâmbio, no “contacto, através da pintura, com outras nacionalidades”. Cultura, educação e lazer juntam-se, assim, debaixo do mesmo tecto, servindo a Praça dos Pintores como evento que promove “um tempo bem passado, um momento de descontracção e até um intervalo muito positivo na vida dos estudantes”. À semelhança dos participantes, também Francisco Casanova considera que o mais significativo é o convívio, não deixando, no entanto, de sublinhar que “todos os anos surgem trabalhos muito bons”. Assim, a Praça dos Pintores é igualmente um “estímulo para eles próprios se afirmarem individualmente, adquirindo mais autonomia”.
Agora um júri irá avaliar os trabalhos tendo em conta a técnica, a criatividade e a ligação com o tema. Três trabalhos de cada escalão serão premiados, sendo que os vencedores serão anunciados a 17 de Junho, às 18h30, no Diana Bar. No mesmo local, decorrerá uma exposição de todos os trabalhos elaborados, patente entre 5 e 18 de Junho. Venha visitar e veja como, através da linguagem universal da pintura, estes jovens retrataram a Inclusão e a Exclusão.

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