Marinha Grande, Turismo

Comboio Turístico – Marinha Grande

No âmbito das comemorações do Feriado Municipal, que se celebra no dia 13 de Maio, a Câmara Municipal da Marinha Grande organiza, em parceria com a EPAMG -Escola Profissional e Artística da Marinha Grande, um programa passeios turísticos de comboio, a decorrer 10 a 16 de Maio. A participação é gratuita.

Esta iniciativa tem o objectivo de dinamizar uma actividade durante as comemorações da semana da cidade e feriado municipal que tem como objectivo o revivalismo de uma tradição antiga na cidade – o passeio no comboio de lata.

O Comboio de lata ou locomotiva Décauville foi um pequeno comboio alimentado a lenha, que circulou no interior da mata durante 42 anos ao serviço dos serviços florestais (de 1923 a 1965). Considerado o ex-líbris do Pinhal do Rei, o comboio circulava no interior do Pinhal e na cidade da Marinha Grande para transportar madeiras, pedra e areias através de uma linha de caminho-de-ferro que chegou a ter cerca de 30 km. O comboio era cedido à população pontualmente para transportar alunos das escolas a passeios até ao interior da mata e à população em geral nos dias 1.º de Maio e quinta-feira da Ascensão para passeios festivos.

Foi baptizado pela população com o nome de “comboio de lata”, por ser um comboio de pequena dimensão, semelhante a um “comboiozinho de brinquedo”.

O circuito será  realizado a partir da cidade, atravessando o Pinhal até à praia Velha/Penedo do Cabo.

Programa:

De 10 a 12 e 14

Circuitos turísticos para as escolas do concelho (carece de inscrição prévia)

Saídas do Parque da Cerca pelas 9h00 e 14h00

Dias 13, 15 e 16

Circuitos turísticos para a população em geral (duração de 3 horas)

Saída do Parque da Cerca pelas 10h00 15h00

Circuito e pontos de maior interesse

1- Núcleo de Pedreanes

O bairro florestal de Pedreanes, situa-se numa das principais entradas do Pinhal do Rei e é constituído por um conjunto de edifícios das matas nacionais, tais como: casas dos antigos guardas florestais, serração, oficinas diversas e o antigo edifício do caminho-de-ferro Americano.

O Caminho-de-ferro Americano foi instalado na Marinha Grande cerca de 1857. Foi construído inicialmente com carris de madeira, substituídos em 1861 por carris de ferro. Fazia a ligação entre a Marinha Grande (desde a estação de Pedreanes passando em frente da Real Fábrica de Vidros) a São Martinho do Porto. Ainda hoje existem as duas antigas estações de Pedreanes e São Martinho do Porto, cuja arquitectura é igual, construída em 1856. Posteriormente, em 1923, foi instalada no interior da mata, uma rede de carril com cerca de 30 km de extensão destinada ao transporte de madeiras por um outro comboio movido a vapor, demoninado Comboio-de-Lata. Este ultimo fazia o transporte de madeiras do interior do Pinhal para a serração de pedreanes, e até à estação de caminho-de-ferro da cidade; O Comboio-de-lata persiste até hoje na memória afectiva de muitos marinhenses, uma vez que no passado esteve disponivel à população da Marinha Grande para passeios turisticos em datas festivas.

2 – Ponte Nova

Na Ponte Nova ainda se conserva hoje o açude de uma das duas serrações hidráulicas que laboraram no interior do Pinhal do Rei desde finais do séc. XVIII princípios do séc. XIX.

A serração da Ponte Nova foi destruída em 1806 num grande incêndio que deflagrou naquela área. Posteriormente as estruturas construídas na Ponte Nova foram aproveitadas por José Custódio de Morais para construir um moinho de farinha. A segunda serração foi construída na foz do Ribeiro de Moel tendo as antigas estruturas sido aproveitadas para os mesmos fins.

Ribeiro de São Pedro

É aqui que a diversidade e a exuberância atinge todo o seu auge. Encaixado entre vigorosas dunas, o vale por onde serpenteia o curso de água é um verdadeiro espectáculo de jogos de luz nas notáveis folhagens das árvores envolventes. Forma-se uma densa fileira verde, onde o ar é fresco e aromatizado.

Nesta zona que margina o ribeiro, coexiste um dos maiores bosquetes mistos de caducifólias introduzido pela acção humana, onde se destaca o carvalho alvarinho (Quercus  robur). Também o carrasco (Quercus coccifera), existente em zonas de menor humidade, está presente nas vertentes mais elevadas. Para além destas espécies, surgem no estrato arbustivo e sub-arbustivo a gilbardeira (Ruscus aculeatus), o loureiro (Laurus nobilis), o folhado (Viburnum tinus) entre outras espécies de Pteridophytas em que dominam o feto real (Osmunda regalis), o polipódio (Polypodium australe) – sobre os troncos caídos em decomposição –  e a erva pinheirinha (Equisetum arvense).

Do ponto de vista faunístico, este local adquire naturalmente importância, uma vez que constitui uma área de grande biodiversidade, proporcionando alimento e refúgio para diversas espécies de répteis, aves e mamíferos, destacando-se o gaio (Garrulus glandarius) e a geneta (Genetta genetta), espécie protegida incluída no Anexo III da Convenção de Berna, que embora presente em toda a mata, selecciona preferencialmente este habitat.

3 – Penedo do Cabo e Praia Dourada

Do ponto de vista geomorfológico, a Praia Velha é limitada interiormente por um cordão dunar que se estende para norte (até Espinho). Contudo, e em contraste com esta paisagem, surge no limite sul uma arriba morta, denominada Penedo do Cabo (extremamente rica em fósseis representativos do período Jurássico). O Ribeiro de São Pedro de Moel atravessa o Pinhal no sentido nascente-poente e desagua no extenso areal da praia, uma vez que o seu caudal não é suficiente para “escavar” uma comunicação permanente com o mar. É neste local, junto da vegetação ribeirinha que circunda as margens da foz, onde ocorre o exuberante guarda-rios (Alcedo atthis), – espécie protegida pela Directiva Aves.

O Programa “Praia Dourada – Valorização das Praias” teve início em 1998 (ano em que a praia foi galardoada) e integra um conjunto de iniciativas dirigidas pelo Ministério do Ambiente. A contemplação de uma praia por este programa é feita com base nas suas características naturais, possibilitando assim acções de requalificação e desempenhando um papel importante no turismo ambiental. As plantas que colonizam ecossistemas dunares, sofreram necessariamente adaptações morfo-fisiológicas de modo a resistirem às condições adversas do meio. Entre elas podemos encontrar os frágeis cordeirinhos-da-praia (Othanthus maritimus), característicos de duna primária incipiente (em recuperação desde 1989) e intolerantes ao pisoteio humano.

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3 comentários

  1. eu consegui visualizar algumas há bem pouco tempo, após pesquisa. Não é do meu tempo mas achei a historia do comboio de lata interessante.   deixo link para aceder ás fotos   http://www.mgrande.net/marinhagrande/tech-mainmenu-30/galerias/category/17-

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