A «Patinhas – Associação dos Amigos dos Animais de Vale de Cambra» precisa urgentemente de encontrar uma solução para a sua relocalização, uma vez que poderá perder, a qualquer momento, as instalações provisórias que ocupa, segundo informou a sua presidente, Helena Barbosa.
«Precisamos de encontrar um local – um terreno ou um pavilhão», sublinhou Helena Barbosa.
A presidente da «Patinhas» explicou que as actuais instalações estão emprestadas pelo respectivo dono, que as tenciona demolir, para posteriormente construir um novo edifício. «Pode ser já para a semana», enfatizou a dirigente, prevendo o momento em que de lá terão de sair.
Helena Barbosa referiu que caso lhes seja cedido ou alugado um espaço não teriam problemas em «pedir ajuda» para a feitura dos abrigos para os animais. Salientou que umas instalações definitivas e condignas são essenciais «para o desenvolvimento da Associação». Caso contrário, a mesma poderá «não ter viabilidade».
«As actuais instalações são velhas e não têm as condições mínimas para ter animais», vincou. Também afirmou que a respectiva localização, bem no meio de uma área residencial, tem provocado queixas dos vizinhos.
Helena Barbosa assinalou que foi feito um pedido de ajuda à Câmara Municipal de Vale de Cambra, mas que esta respondeu não ter nem terreno nem edifício para lhes ceder, realçando que o problema dos animais abandonados e em risco deverá ser resolvido pelo Canil Intermunicipal das Terras de Santa Maria, instalado em Ossela, Oliveira de Azeméis.
«A Câmara é insensível a esse problema», considerou a dirigente, que se mostrou crítica relativamente à política, regra geral, seguida pelos canis.
«Os canis municipais e o Canil Intermunicipal são instalações de abate», vincou, referindo que «os animais ficam lá durante oito dias e, no final desse período, se não aparecer ninguém a reclamá-los ou que os queira adoptar, eles são abatidos», declarou.
A Associação dos Amigos dos Animais de Vale de Cambra alberga actualmente 40 cães e 12 gatos, sendo que as suas duas principais dirigentes – Helena Barbosa e Marta Soares – tiveram, mesmo, que instalar mais alguns animais nas respectivas moradias.
«Desde o início de Abril, decidimos não acolher mais animais, porque não temos condições de higiene e de segurança suficientes», disse a presidente.