No dia em que, em Santo Tirso se assinaram os protocolos que constituem os primeiros Núcleos Territoriais do país, o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Castro Fernandes deixa o aviso: “Mais do que falar de toxicodependência é preciso confrontá-la”, adiantou.Os Núcleos Territoriais do Programa de Respostas Integradas dos Territórios “Perímetro Urbano de Santo Tirso” e “Freguesia de Vila das Aves” foram ontem constituídos na presença de 7 das 9 instituições que os integram.
Para além da tentativa de combate aos problemas de droga e toxicodependência, o objectivo deste protocolo e, consequentemente, do Núcleo Territorial, é contribuir para a coordenação do Plano de Respostas Integradas (PRI), assegurando assim o seu cumprimento. “A região Norte vai desenvolver cerca de 22 Programas de Respostas Integradas (PRI) e 11 estão sob a responsabilidade do CRI (Centro de Respostas Integradas) do Porto Ocidental. “Este é o primeiro dos 11”, adiantou Júlio Roque, director do CRI do Porto Ocidental em representação do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT).
Esta parceria, sem personalidade jurídica, foi estabelecida entre o Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), representado por Júlio Roque; Câmara Municipal de Santo Tirso, na pessoa do seu presidente, Castro Fernandes; Cruz Vermelha Portuguesa (Núcleo de Santo Tirso) na presença da sua presidente, Paula Gonçalves; Centro de Saúde de Santo Tirso (para o perímetro urbano de Santo Tirso), representado por Francisco Pinheiro; Centro de Saúde de Negrelos (para a freguesia de Vila das Aves), com a presença do director, Luciano Santos; Associação de Moradores do Complexo Habitacional de Ringe, representada pelo vice-presidente, Paulo Castro; Centro Regional de Segurança Social; Associação de Solidariedade e Acção Social de Santo Tirso (ASAS), com a presença do presidente, José Pinto; Irmandade e Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso, representada pelo provedor, Alberto Machado Ferreira; e Direcção Regional de Educação do Norte, representada por Julieta Teixeira.
O director do CRI do Porto Ocidental, espera que “esta proximidade entre IDT e a comunidade” se torne, em breve, “de intimidade no sentido de se encontrarem as respostas a esta patologia”. Júlio Roque referiu-se a esta parceria como “um trabalho que está agora no terreno”. “Pretendemos aproximar-nos dos cidadãos, encontrar as respostas e adaptá-las e adequá-las aos cidadãos”, esclareceu sublinhando que “este é um caminho estratégico”. Relativamente à parceria entre as 9 instituições, Júlio Roque explica que há outros parceiros também relevantes. “Hoje, aqui, estão os actores principais, mas lá fora há outros actores secundários que vão ser importantes”, acrescenta.
Sobre o combate que a Câmara Municipal de Santo Tirso desenvolve no terreno, desde 2003, aos problemas da droga e da toxicodependência, Castro Fernandes lembrou os vários projectos desenvolvidos pela Autarquia desde o “Plano Municipal de Prevenção Primária das Toxicodependências”, passando pelos “Desafios para a Coesão Social” entre 2005 e 2007, que envolveu o levantamento dos principais focos de toxicodependência e, já em 2007, com a “parceria celebrada com o CAT da Boavista (actual CRI do Porto Ocidental)” que permitiu descentralizar consultas com apoio médico, psicológico e social. Este ano, a parceria com o CRI do Porto Ocidental permite “avançar com as consultas descentralizadas não apenas para a toxicodependência, mas também para o alcoolismo”, esclarece Castro Fernandes. “Temos sinalizados 172 toxicodependentes e 90 estão em acompanhamento. No alcoolismo, temos 156 sinalizados e 40 em acompanhamento”, adiantou o autarca.
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