Cultura, Póvoa de Varzim

Sete séculos na vida dos poveiros – nova obra prova a profusa linhagem do pescador poveiro – P. Varzim

No passado sábado, o Diana Bar encheu-se para o lançamento do livro Sete séculos na vida dos poveiros de Óscar Fangueiro. A obra pertence à colecção Na Linha do Horizonte – Biblioteca Poveira e resulta de um trabalho de investigação e pesquisa realizado durante vários anos.

O Vereador do Pelouro da Cultura, Luís Diamantino, referiu que “esta obra expressa a história da Póvoa de Varzim e todos os poveiros estão aqui, há um trabalho aprofundado que vale a pena todos lerem porque todos se vão encontrar nele”. “Estamos a comemorar o Dia Nacional do Mar, comemorando também os poveiros através da apresentação desta obra que é mais um tijolo que vem contribuir para a construção cultural da Câmara Municipal que é a Biblioteca Poveira”, afirmou Luís Diamantino, acrescentando que “embora o autor não seja da Póvoa de Varzim, a sua obra vai transformá-lo num poveiro por adopção”.
Natural do Porto, Óscar Fangueiro dedicou-se exaustivamente ao estudo da antroponímia poveira e assegura que “metade da população de Vila do Conde e de Matosinhos têm raízes poveiras e a sua origem pode ser verificada neste livro”. “Tudo começou há 31 anos com a curiosidade em saber qual a origem do meu nome” revelou o autor que enveredou pela investigação graças ao incentivo do Dr. Flávio Gonçalves e do Professor João Marques, sendo que este último é o autor do prefácio de Sete séculos na vida dos poveiros. Sobre a obra, o Professor João Marques realçou o seu carácter antropológico e a evolução da antroponímia poveira que Óscar Fangueiro pacientemente e cuidadosamente reuniu e sobre a qual afirmou “prevejo isto uma seara muito profunda para bons frutos”. O Professor considera esta compilação como “mais um contributo de valia a engrossar a estante da literatura histórica consagrada à Póvoa de Varzim” e aproveitou para enaltecer a “pujante iniciativa da edilidade na senda editorial – Na Linha do Horizonte – Biblioteca Poveira -, obviamente onerosa, mas em tantos casos única para dar visibilidade a obras que, sem a mesma, hipótese alguma teriam de conhecer a impressão, oferecendo assim conteúdos de histórica valia para a comunidade científica e pastos crescentes a curiosos e amantes da terra”.

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