Cultura, Santo Tirso

Já são 43, as esculturas em exposiçãopela cidade – Santo Tirso

Do VIII Simpósio Internacional de Escultura Contemporânea de Santo Tirso resultaram as quatro obras de arte hoje (sábado, dia 15 de Novembro) apresentadas. Em exposição no Parque Urbano da Rabada, estas peças juntam-se agora às já existentes, num total de 43 esculturas, em exposição por Santo Tirso. Wang Keping (China), Jean Paul Albinet (França), Michel Rovelas (Caraíbas Francesas) e Ângela Ferreira (Portugal), foram os autores das quatro obras que se acrescentam ao espólio do Museu Internacional de Escultura Contemporânea de Santo Tirso (MIEC-ST).  

Hubert Astier, representante do Ministério da Cultura francês, prestou largos elogios à cidade e ao projecto. “Fez (o presidente da Câmara Municipal) uma escolha fantástica para que esta cidade seja um exemplo para toda a Europa”, enunciou. Para os artistas convidados, a opinião foi unânime. “Santo Tirso é uma cidade extraordinária, com muita beleza e elegância nos detalhes”, afirmou Michel Rovelas, um dos artistas convidados e cuja escultura integra agora o MIEC-ST. “Congratulo a qualidade deste projecto que faço questão de integrar e espero que a minha escultura possa contribuir para esta beleza”, acrescentou. Também Jean Paul Albinet, outro escultor convidado, referiu a grandiosidade da iniciativa. “É a primeira vez que integro um projecto desta dimensão e estou honrado por fazer parte dele”, assegurou. 

O facto de as obras estarem expostas pela cidade poderia constituir um problema mas o presidente da Câmara Municipal, Castro Fernandes, esclareceu a questão. “Felizmente, em Santo Tirso, as nossas esculturas não têm sido vandalizadas, pelo contrário, foram aceites pela população e hoje estão perfeitamente integradas no ambiente da cidade”, defendeu o autarca. 

Organizado pela Câmara Municipal de Santo Tirso, os Simpósios Internacionais de Escultura são bienais e contam com a participação dos mais prestigiados artistas nacionais e internacionais. Gérard Xuriguera – comissário internacional do simpósio e responsável pela escolha dos escultores estrangeiros – louvou a iniciativa referindo-se a ela como “processo extraordinário e único”. “Já fiz parte de vários projectos no mundo e não conheço nenhuma cidade mais modesta que tenha conseguido o feito de reunir estes artistas de renome mundial”, declarou o professor e crítico de arte catalão, adiantando que este evento “é importante para a cidade, para o país e para a cultura em geral”. Alberto Carneiro, comissário nacional do Simpósio, escultor e professor universitário, explicou que este projecto surgiu de uma conversa em que teria defendido ser possível “transformar Santo Tirso numa cidade de escultura contemporânea, com custos muito moderados”. “Juntas da população 24 horas por dia, estas obras têm uma função didáctica e pedagógica muito forte”, afirmou. “Neste momento, o Simpósio começa a ter projecção a nível internacional e Santo Tirso surge já em catálogos estrangeiros, a par de Serralves e da Gulbenkian”, esclareceu Alberto Carneiro. 
 

AS OBRAS 

Sesriem, Adão e Eva, Duas Faces e Sedimentação são os nomes das obras hoje inauguradas da autoria dos escultores Ângela Ferreira, Michel Rovelas, Wang Keping e Jean Paul Albinet, respectivamente. 

Sesriem, ou poço das seis correias, “é um pouco a transposição de um parque de campismo existente na Namíbia para aqui”, explicou a autora da obra Ângela Ferreira. “Cada espaço era cercado com um pequeno muro, tinha uma árvore e um poço”, afirmou. “Adão e Eva” apresenta uma ideia minimalista e com o “objectivo de fazer circular as energias”, defende o escultor Michel Rovelas. “Duas Faces”, de Wang Keping, apresenta literalmente os dois lados de um elefante. A quarta escultura resultante do VIII Simpósio foi “Sedimentação”, de Jean Paul Albinet, e que representa o retrato os novos problemas da sociedade de consumo. 

Os escultores convidados, depois de uma minuciosa observação dos espaços públicos escolhidos pela Autarquia, deslocaram-se a Santo Tirso onde permaneceram cerca de dois meses a executar e a acompanhar a implantação das suas obras de arte. Dando continuidade ao projecto inicial, a Câmara Municipal de Santo Tirso pretende realizar ainda mais dois simpósios (num total de dez) para, assim, poder legar ao Município um valiosíssimo espólio de arte pública com cerca de 60 obras de arte. 
 

O MUSEU INTERNACIONAL DE ESCULTURA CONTEMPORÂNEA 

Para reunir as peças escultóricas resultantes dos simpósios, a Autarquia decidiu criar o Museu Internacional de Escultura Contemporânea de Santo Tirso (MIEC-ST). Enquanto instituição museológica municipal, o MIEC tem cumprido o seu papel enquanto espaço de diálogo e confronto de várias correntes artísticas contemporâneas, de divulgação da arte contemporânea e de debate do papel da arte pública.  

O Museu funciona, enquanto espaço de reflexão do binómio cidade/arte, como pólo aglutinador de projectos de arte contemporânea, aproveitando a singularidade da sua organização e a relação com o espaço que ocupa, assumindo-se como um espaço plural e activo na dinamização das artes plásticas.  

O Museu Internacional de Escultura Contemporânea de Santo Tirso (MIEC-ST) reúne as 43 esculturas implantadas no perímetro urbano da cidade de Santo Tirso e organiza-se em cinco núcleos principais: Parque D. Maria II e jardins adjacentes; Praça do Município; Jardim dos Carvalhais; Praça Camilo Castelo Branco; e Parque Urbano da Rabada.

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