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Mão-de-obra na região Norte sofre ainda de falta de qualificação

A evolução da oferta de mão-de-obra da região Norte caracteriza-se por níveis de instrução crescentes, segundo um estudo apresentado hoje pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN).

O mesmo estudo no entanto, alerta que “a evidente melhoria no perfil da oferta de mão-de-obra por níveis de instrução não ilude o facto de persistirem grandes carências a este respeito”.

Em concreto, no ano passado, mais de um terço (35,6) da mão-de-obra residente no Norte tinha o primeiro ciclo do ensino básico e quase três quintos (59,4) não tinha completado a escolaridade mínima obrigatória.

Ao mesmo tempo, a percentagem proporção de activos com habilitação ao nível do ensino superior, apesar de estar a aumentar, ainda era inferior a um oitavo do total (11,7).

O relatório indica ainda que, nos últimos oito anos, o salário médio mensal líquido dos trabalhadores por conta de outrem da região Norte esteve entre 9 e 11 por cento abaixo da média nacional, sendo a diferença de 9,5 por cento em 2007.

No total, a população empregada residente na região ascendia em 2007 a cerca de 1,8 milhões de pessoas, o que representa uma descida de 0,3 por cento face ao ano anterior.

“Na verdade, a região do Norte evidenciou, entre 2002 e 2007, uma insuficiente capacidade de criação líquida de emprego”, salienta este estudo da CCDRN.

No ano passado, os ramos de actividade que registaram maior criação líquida de emprego foram as “actividades imobiliárias e serviços prestados às empresas”, com mais 13 mil indivíduos para um total de 89 mil, e a “saúde e acção social”, com um acréscimo de 11 mil indivíduos para um total de 97 mil.

Em sentido contrário, os ramos de actividade que registaram maior diminuição no volume de emprego foram a “construção”, com uma perda de 13 mil trabalhadores para um total de 193 mil, e a “educação”, que perdeu 9 mil indivíduos para um total de 111 mil.

As “indústrias transformadoras”, que asseguram 27,4 por cento do total de emprego na região, continuam a ser o principal sector empregador do Norte do país.

Relativamente à situação na profissão, o relatório refere que se registou no ano passado um aumento da proporção de empregados por conta de outrem abrangidos por contratos com termo, que passaram a ser 11,7 por cento do total da população empregada.

A situação mais representativa continua a ser, no entanto, a dos trabalhadores por conta de outrem com contrato sem termo, que representavam 59,5 por cento do total da mão-de-obra empregada.

No total, os trabalhadores por conta de outrem representavam no ano passado 74,1 por cento do emprego total da região.

Quanto aos trabalhadores por conta própria eram 23,5 por cento do total da população empregada, o que representa o valor mais baixo dos últimos seis anos.

 

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