Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira, Santa Maria da Feira, Sociedade

REFER quer reduzir acidentes na Linha do Vouga em 70 por cento até 2011

A REFER pretende reduzir em 70 por cento os acidentes na Linha do Vouga até 2011 onde a sinistralidade corresponde a 30 por cento da rede ferroviária nacional, revelou hoje à Lusa fonte da empresa.

A Linha do Vouga, onde se verificou terça-feira mais um acidente com dois feridos devido à colisão de um comboio com um veículo pesado de mercadorias, na passagem de nível sem guarda da Gesteira, em Santa Maria da Feira, registou 20 acidentes, no ano de 2007, em passagens de nível.

O número de acidentes naquela linha ferroviária é considerado elevado já que corresponde a 30 por cento do total nacional, apesar de nos últimos oito anos terem sido suprimidas 118 passagens de nível e melhoradas as condições de segurança em 91 delas, segundo dados da própria REFER.

No final de 2007, o panorama ao longo de 96 quilómetros de via-férrea era de 159 passagens de nível ainda em serviço, o que levou a REFER a criar um plano específico, que contempla a supressão de cerca de 50 passagens de nível e a automatização de 80, num investimento próximo dos 10 milhões de euros.

“Pretende-se com esse plano obter uma redução de 70 por cento no número de acidentes, até ao final de 2011, com referência ao ano de 2006, o que corresponde a menos de nove acidentes no final desse ano, em contraponto aos 27 registados em 2006”, explica a REFER.

Para a automatização dessas passagens de nível foi desenvolvido um concurso público, prevendo-se que a obra, que contempla numa primeira fase 52 passagens de nível, venha a ser concluída até ao final de 2009 e as restantes possam vir a ser automatizadas até ao final do 1º semestre de 2010, adiantou à Lusa a mesma fonte.

Quanto à supressão de algumas passagens de nível, ela deverá ocorrer “de forma faseada, até ao final de 2010”, envolvendo as autarquias, “com as quais a REFER tem vindo a desenvolver negociações e a estabelecer protocolos de colaboração”.

A intervenção na Linha do Vouga será aproveitada pela empresa para melhorar também as condições de segurança de comando e controlo da circulação, com a sua informatização.

Actualmente a Linha do Vouga é comandada por um sistema arcaico de comunicações telefónicas entre o chefe de linha, sedeado em Sernada do Vouga, e um elemento que viaja em cada comboio.

Em cada estação, este desloca-se a uma cabina onde estabelece os protocolos telefónicos para o avanço em segurança das circulações.

Segundo a REFER, o sistema, designado por Regime de Exploração Simplificado (RES), vai ser reforçado com aplicações informáticas e de telecomunicações, que permitirão reduzir a dependência exclusivamente humana do comando da circulação.

A informatização do RES foi concebida por técnicos da empresa e, além de protecções adicionais que reforçam a segurança da circulação, melhoram a operacionalidade ao permitir comunicações directas entre o chefe de linha e o agente embarcado no comboio, reduzindo assim o tempo de espera nas estações.

A REFER admite vir a estender o novo sistema a outras linhas com idênticas características.

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