A possibilidade de iniciar um doutoramento em Portugal, continuá-lo no Brasil e terminá-lo em Espanha está em discussão até terça-feira no Porto, na Reunião Anual do Grupo Tordesilhas que junta reitores dos três países.
“Neste encontro queremos definir a missão do grupo e discutir a criação de escolas doutorais que permitam o doutoramentos e o reconhecimento do grau nas universidades dos três países”, disse José Marques dos Santos, reitor da Universidade do Porto.
Com a criação das escolas doutorais, os estudantes dos três países podem iniciar o doutoramento num país e terminá-lo noutro obtendo um duplo título, reconhecido nos respectivos países.
“Estas escolas vão permitir mais oportunidades de mestrados e doutoramentos para os estudantes uma vez que, os alunos têm ao seu dispor uma maior mobilidade entre os três países”, explicou Javier Antolin, reitor da universidade politécnica de Madrid.
O grupo de Tordesilhas reúne 29 faculdades, 21 brasileiras, 12 espanholas e seis portuguesas estando prevista a entrada de mais três faculdades para o grupo.
“Desejamos firmar uma relação que não seja bilateral mas que envolva grupos de universidades de Portugal e Espanha”, disse Malvina Tuttman, reitora da universidade federal do estado do Rio de Janeiro.
Desde da sua criação, Junho de 2000, o grupo levou a cabo várias acções e projectos com o objectivo de “promover a mobilidade entre os estudantes e docentes”.
“Têm sido desenvolvidas várias acções importantes como a criação de um grupo de enfermagem que envolve todas as universidades dos três países onde o curso de enfermagem é leccionado”, disse a reitora.
Portugal liderou durante este ano o grupo de Tordesilhas sendo que a partir de terça-feira a liderança ficará a cargo de Espanha.