Terminou a Feira do Livro. Ao longo de dezassete dias o Largo do Passeio Alegre recebeu livreiros, editoras, distribuidoras e alfarrabistas, milhares de livros dos mais variados temas e a preços bem convidativos, e ainda um programa diário de animação cultural que convidam “A Ler o Mar”, o mote da Feira.
Já se perdeu conta ao número de edições da Feira do Livro, agora organizada pela Câmara Municipal, através do Pelouro da Cultura. Luís Diamantino, Vereador do Pelouro, refere que esta edição da Feira do Livro trouxe um número recorde de stands, que este ano atingiu os 58. Milhares de pessoas circularam pela Feira do Livro, um movimento que, como explicou o Vereador, em muito se deve à excelente localização da Feira, mesmo junto à marginal poveira. “Esta é uma Feira diferente, as pessoas tropeçam nos livros”, explicou. O facto de a Póvoa ser muito procurada no Verão ajuda também ao sucesso da Feira.
O programa cultural é também um dos factores de sucesso da Feira. De facto, diariamente, o recinto da Feira, o palco do Passeio Alegre e até mesmo a vizinha Biblioteca de Praia Diana Bar receberam concertos, lançamento de livros, animação de rua, teatro e até um desfile de moda. Em comum a todas as actividades Luís Diamantino aponta a “aposta sobretudo nos valores poveiros, reforçando esta nossa identidade”.
Entre os participantes da Feira do Livro a opinião é unânime: o certame poveiro é um dos mais movimentados do país. Quanto a vendas, a crise financeira dos portugueses parece ter tido os seus efeitos e até mesmo o mau tempo estragou um pouco a festa, como explicou Alfredo Costa, da Papelaria Locus, que no entanto não tem dúvidas quando afirma que a “Feira do Livro da Póvoa enquanto evento é um sucesso”. No seu stand, a literatura “light” e os livros infantis foram os mais procurados. Um pouco mais ao lado, no stand Gradiva/Girassol José Rodrigues dos Santos acolheu as preferência dos visitantes “que nem olhavam para os outros livros”, explicou a responsável Susana Oliveira, para quem o programa de animação paralelo contribuía, sem dúvida, para o maior fluxo de pessoas no recinto.
Ciente da crise, João Fontes da Europa-América resolveu apostar no aumento da área de exposição e numa nova disposição dos produtos. Os resultados foram animadores, pois conseguiu aumentar o número de vendas. “Termos um catálogo muito vasto o que faz também a diferença”, apontado os clássicos e os livros a preço de saldo como aqueles que mais se vendem.
E assim foi uma vez mais a Feira do Livro da Póvoa de Varzim, uma oportunidade para conhecer as últimas novidades editorais, adquirir verdadeiras raridades, revisitar os grandes clássicos, enfim, passear por entre os milhares de páginas sempre com as ondas do mar como pano de fundo, numa festa que a Câmara Municipal promete continuar a organizar.
No portal municipal pode revisitar os vários momentos da edição de 2008 da Feira do Livro da Póvoa de Varzim.
