O sector da indústria de cortiça em Portugal vai passar a ser representado por uma única associação, de âmbito nacional, que quer apostar no aumento das exportações, na inovação, qualidade e investigação e desenvolvimento.
A única associação representativa da indústria de cortiça vai surgir, até ao final deste ano, em resultado da fusão das associações Portuguesa de Cortiça (APCOR) e de Industriais e Exportadores de Cortiça (AIEC).
A nova associação, que vai assumir a designação da APCOR, foi hoje apresentada em Évora, numa sessão em que também foi anunciada a elaboração de um estudo estratégico sectorial da cortiça, através de uma equipa liderada por Daniel Bessa, da Escola de Gestão do Porto.
“Entendemos que devemos ter uma visão nacional, supra-regional e supra interesses individuais, para todo o sector industrial da cortiça”, justificou António Rios de Amorim, presidente da APCOR.
Em declarações à agência Lusa, o responsável salientou que ambas as associações, em processo de fusão, partilham os objectivos de fazer crescer o negócio e a credibilidade da cortiça, além do aumento das aplicações da cortiça nos principais mercados mundiais e do desenvolvimento de “novas geografias”.
“Juntos vamos certamente fazer mais do que separados”, argumentou António Rios de Amorim, defendendo a união de todos os associados em torno de um desiderato comum que é a “afirmação da cortiça no mundo”.
A mesma posição foi manifestada por Edmundo Pereira, presidente da AIEC, que preferiu salientar a necessidade de apoios para o sector, designadamente para a indústria e para as vertentes da inovação e exportações.
“A aposta nas exportações é dura e difícil e tem de ser apoiada”, afirmou o presidente da AIEC, entidade que vai ser extinta formalmente por fusão com a APCOR.
Quanto ao estudo estratégico da indústria de cortiça, António Rios de Amorim adiantou que o documento dará lugar a um plano de acção “importantíssimo para o sector”.
“É para a realização do estudo estratégico que vamos ter as nossas atenções centradas para depois sair dele um plano de acção, que gostaríamos que fosse apoiado por todos os associados”, afirmou.
Em termos gerais, a nova associação vai permitir, segundo o responsável, uniformizar a estratégia sectorial em torno de uma linha de orientação única e mais forte e garantir as condições de desenvolvimento em torno dos vectores da inovação, qualidade e da investigação e desenvolvimento.
Com a fusão das duas entidades, a nova associação, com uma equipa de gestão mista, irá representar cerca de 330 empresas.
A AIEC representa cerca de 80 empresas do sector da cortiça, a maioria delas instaladas no Sul do país, enquanto a APCOR agrega cerca de 250 empresas que, no seu conjunto, são responsáveis por 80 por cento da produção e 85 por cento das exportações de cortiça.
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