Economia, Oliveira de Azeméis

Empresários procuram indústria em Portugal para consolidar sector dos moldes – Oliveira de Azeméis

A falta de uma indústria portuguesa forte está a preocupar os empresários de moldes que cada vez estão mais dependentes dos mercados externos e não têm onde aplicar os conhecimentos adquiridos.

No entanto, a deslocalização das indústrias para o oriente e a excessiva dependência das fábricas automóveis tem diminuído o número de clientes nacionais dos moldes portugueses que têm de investir na internacionalização porque é difícil encontrar parceiros industriais em Portugal.

“Como é que se pode desenvolver o país sem indústria?” – questionou Leonel Costa, presidente da Cefamol (Associação Nacional da Indústria de Moldes).

Perante a diminuição de clientes portugueses, os empresários dos moldes ou investem em linhas de produção próprias ou procuram parceiros externos que estão no mercado e que podem “completar-nos em áreas de produção”, sustentou.

Para Henrique Neto, administrador do Grupo Iberomoldes, este sector “é que podia ajudar o Estado a promover o País” no exterior porque representa um “cluster de produtos que inclui moldes, prototipagem, micromaquinação, robótica, maquinação, injecção de plástico ou estampagem”, sustentou o empresário.

Para muitos empresários, o sector poderia ser um cartão de visita para captar investimento mas os poderes públicos não se têm preocupado com esta questão.

Aos empresários portugueses resta investir na internacionalização, porque a criação e desenvolvimento de moldes está integrada numa cadeia de produção que está noutros locais.

Os interlocutores da indústria de moldes são os “gabinetes de I&D das empresas que desenvolvem produtos”, recordou Henrique Neto, que gostaria de ter mais investimento em Portugal.

“Os moldes são feitos para desenvolver novos produtos” e “há muitos produtos inovadores em Portugal”, mas depois é necessário investir em cadeias de montagem e produção, salientou este empresário, que vê as deslocalizações como uma estratégia de obter rendimentos rápidos para os accionistas.

Os engenheiros perderam uma “importância enorme” na gestão das empresas que estão nas mãos de “financeiros” que querem o “máximo de lucro” sem pensar nos custos a prazo, defendeu.

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