Criar o Centro de Arte Contemporânea (CAC) de S. João da Madeira e um pólo para indústrias criativas é a ambição da autarquia para parte da antiga fábrica Oliva, uma das referências industriais da cidade.
“É nossa intenção revitalizar a antiga fábrica Oliva, transformando-a numa zona industrial moderna, com indústrias tradicionais não poluentes. Para além disso, temos a ambição de ali instalar um pólo cultural, com o Centro de Arte Contemporânea de S. João da Madeira e um espaço vocacionado para indústrias criativas”, disse à EDV Informação o presidente do município, Castro Almeida.
“Pretendemos candidatar este projecto a financiamentos comunitários e se tivermos aprovação – como esperamos – vamos reunir os fundos necessários para levar esta ideia avante. Temos a ambição de ter isto instalado dentro dos próximos cinco anos”, disse o autarca.
O complexo industrial da Oliva, edifício cuja torre principal se encontra em processo de classificação pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), é um importante marco na história económica e social de S. João da Madeira e do País.
Fundada em 31 de Julho de 1925, sob a liderança do empresário António José Pinto de Oliveira, a Oliva acabou por marcar a vida de gerações de sanjoanenses, dando um enorme contributo ao desenvolvimento da cidade. Indústria de fundição, aí foram fabricadas, por exemplo, as populares antigas máquinas de costura Oliva.
Actualmente, grande parte das instalações, com uma área de cerca de 30.000 metros quadrados, estão desactivadas, mantendo-se em laboração o corpo principal.
A intenção da Câmara de S. João da Madeira é a de instalar o CAC num núcleo cultural a criar na parte desocupada da Oliva, onde pretende disponibilizar ainda um espaço para a instalação de indústrias criativas.
Para o futuro equipamento cultural estão já garantidas cerca de mil obras de arte de uma colecção privada que foram agora cedidas à autarquia. Este conjunto inclui trabalhos de Vieira da Silva, Arpad Szenes, Paula Rego e Júlio Pomar, entre vários outros artistas plásticos, na grande maioria portugueses.
A cedência da colecção de José e Norlinda Lima ao município acontece em regime de comodato, ficando a mesma depositada em instalações provisórias da autarquia, devidamente preparadas para o efeito, até à entrada em funcionamento do CAC.
José Lima, de S. João da Madeira, começou a reunir a sua colecção de arte nos anos 60, sendo a mesma considerada actualmente uma referência nacional, pela sua qualidade, dimensão e diversidade.
O CAC será gerido com o apoio da Fundação de Serralves, em relação à qual o município passa a ter o estatuto de membro-fundador.
Através de um donativo de 100 mil euros liquidável em três anos, a Câmara de S. João da Madeira obtém assim uma série de regalias que, na sua maior parte, revertem para os habitantes do concelho. Entre essas, inclui-se a entrada gratuita na Fundação de Serralves, no Porto, para todos os munícipes que sejam menores de 18 anos, estudantes universitários ou maiores de 65 anos.
Ao tornar-se fundador de Serralves, S. João da Madeira garante também que terá o apoio dessa entidade na organização anual de uma grande exposição de arte contemporânea e que será sua parceira no desenvolvimento dos projectos na área das “Indústrias Criativas”.
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