Doze chapéus criados por estilistas portugueses vão ser leiloados sexta-feira, em S. João da Madeira, durante um jantar de beneficência a favor da Fundação do Gil, anunciou fonte da instituição.
Entre os nomes da moda envolvidos contam-se Ana Salazar, Miguel Vieira, Anabela Baldaque, Maria Gambina, Nuno Gama, Katty Xiomara, Pedro Alves, Andrea Prado Marques, Celsus, Jordann Santos, Juliana Cerdeira e Storytailors.
“Temos que inventar dinheiro todos os dias, pelo que todas as iniciativas da sociedade civil são bem-vindas”, afirmou a administradora-executiva da Fundação do Gil, Margarida Pinto Correia.
Criada em 1999, a Fundação do Gil tem como objectivos contribuir para o bem-estar, para a valorização pessoal e para a plena integração social das crianças e dos jovens que se encontram internados, por períodos prolongados, em unidades hospitalares, prisionais ou outras.
“O Museu da Chapelaria, chamando os estilistas a fazerem chapéus, cuja venda reverte para nós, é a expressão última da sociedade civil a reagir. É dar-nos credibilidade, é mostrar que estão connosco, que percebem o que estamos a fazer”, disse Margarida Pinto Correia.
O projecto “Um chapéu por um sorriso” é dinamizado pelo Museu da Chapelaria de S. João da Madeira, o único do género na Península Ibérica.
O espaço museológico – a funcionar desde Junho de 2005 – conta ainda com a parceria da revista Attitude, das empresas City Eyes e Fepsa-Feltros Portugueses, do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal e da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo.
Segundo o vice-presidente da autarquia, Rui Costa, a ideia, para além de revelar “a consciência social do município através do apoio a um projecto que vai proporcionar mais alguns sorrisos a muitas crianças”, é “divulgar o museu e associá-lo, bem como ao chapéu, ao tema da moda, que é uma das marcas da cidade”.
O leilão abre o “Hat Weekend”, uma iniciativa a desenvolver este fim-de-semana cujo tema central gira em torno de uma das mais interessantes particularidades do município: o chapéu.
“A indústria da chapelaria já foi a principal força da economia sanjoanense. Hoje já não é assim, pois o chapéu caiu em desuso. Mas a nossa cidade continua a ser o maior centro produtor da Europa”, disse Rui Costa.
O “Hat Weekend” estará centralizado na Praça Luís Ribeiro, com “barraquinhas” do chapéu, espaços de venda onde estarão, chapelarias e artesãos do feltro.
Durante o dia há animação de rua e, à noite, espectáculos e divertidas actuações de tunas académicas.
Nos restaurantes aderentes decorre um Festival de Gastronomia.
Um dos momentos mais altos acontecerá no sábado, com um desfile de bandas e fanfarras com chapéu, que efectuarão durante a tarde um percurso entre Museu da Chapelaria e a Praça Luís Ribeiro.