As exportações portuguesas de calçado aumentaram 11,4 por cento, para 279 milhões de euros, nos dois primeiros meses do ano face ao mesmo período de 2007, anunciou hoje a associação do sector.
Segundo destaca a Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS), estes dados confirmam o “bom desempenho” registado pelo sector em 2006 e 2007.
Adicionalmente, refere, as exportações cresceram até Fevereiro a um ritmo superior às importações (que aumentara m 10,4 por cento, para 100 milhões de euros), pelo que a balança comercial do sector “volta a registar um saldo comercial muito positivo”. “O calçado reforça, mesmo, a sua posição de produto que mais positivamente contribuiu para a balança comercial portuguesa”, salienta.
Apesar deste bom desempenho, a APICCAPS refere que o ano 2008 está a ser encarado pelos empresários “com alguma prudência”, já que o abrandamento de algumas das principais economias mundiais pode ter impacto num sector que, como o calçado, exporta 91 por cento da produção.
Entre 2005 e 2007, as exportações portuguesas de calçado cresceram oito por cento, em grande parte devido ao bom desempenho do mercado europeu.
De acordo com os dados da APICCAPS, as exportações de calçado para a União Europeia aumentaram 9,9 por cento nos últimos dois anos, para 1.141 milhões de euros, correspondentes a mais 103 milhões de euros.
O calçado português cresceu em praticamente todos os principais mercados, como França (mais 23,3 por cento, para 363 milhões de euros), Alemanha (mais 8,5 por cento, para 238 milhões de euros), Holanda (mais 11,3 por cento, para 134 milhões de euros) e Espanha (mais 26,9 por cento, para 107 milhões de euros).
De destacar também, segundo a associação, os “bons desempenhos” em alguns mercados com pouca tradição na estrutura das exportações portuguesas, como Itália (mais 61,5 por cento, para 18 milhões de euros) e Polónia (mais 241 por cento, para dois milhões de euros).
Fora do espaço europeu, a APICCAPS refere “dificuldades de penetração” nos EUA devido à desvalorização do dólar, mas adianta que surgiram novos mercados “de elevado potencial de crescimento”.
Entre eles, apontou a Rússia (mais 11,5 por cento, para 13 milhões de euros), Angola (mais 161 por cento, para 12,8 milhões de euros), Japão (mais 2,7 por cento, para 3,2 milhões de euros), Turquia (mais 17,4 por cento, para 2,8 milhões de euros), Emirados Árabes Unidos (mais 71,7 por cento, para 1,6 milhões de euros) e Austrália (mais 293 por cento, para um milhão de euros).
Segundo a associação, as exportações de calçado têm vindo a crescer em todos os segmentos, desde o couro, ao calçado impermeável, plástico ou em materiais têxteis.
“Diversificar, em termos de produtos, como também ao nível dos mercados (Portugal exportou calçado para 118 países) parece, assim, ser cada vez mais uma prioridade para as empresas portuguesas”, conclui.
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