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Pólo de competitividade no Norte quer dinamizar indústria da moda

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) está a dinamizar a criação de um Pólo de Competitividade e Tecnologia das Indústrias da Moda, apostado em reforçar a competitividade internacional dos sectores têxtil, vestuário, calçado e ourivesaria.

Em declarações à agência Lusa, à margem da apresentação do projecto, hoje, no Porto, o presidente da CCDR-N afirmou que a iniciativa “reflecte bem o caminho que estes sectores fizeram, apesar de serem constituídos por empresas tradicionalmente muito individualistas”.

“Aproveitando a moldura dos pólos de competitividade e o financiamento do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), estes sectores fortemente exportadores estão a apostar em formas de organização muito sofisticadas e avançadas, de forma a gerar novos produtos e marcas e conquistar novos mercados”, salientou Carlos Lage.

Segundo o responsável da CCDR-N, neste pólo, como no recentemente criado pólo da saúde, a comissão actuou como “catalizador”, já que “os pólos de competitividade são governados por si próprios”.

Dinamizado pela Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) e pela Associação Portuguesa da Indústria do Calçado, Componentes e Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS), o Pólo de Competitividade e Tecnologia das Indústrias da Moda aposta numa “estratégia e visão colectiva” dos vários sectores que integra.

De acordo com Carlos Lage, o objectivo é “associar, de forma organizada e sistemática, as relações entre as empresas do sector, centros tecnológicos e meio universitário”, criando um sistema “em que todos beneficiam de projectos âncora e de promoção externa”.

“O projecto pretende impulsionar uma renovação profunda das indústrias tradicionais e ser uma referência da moda nos mercados externos, criando entre os vários sectores formas de vantagem mútua”, explicou.

O pólo da moda, que assumirá o estatuto de associação, está neste momento em fase de criação, estando em curso a elaboração do projecto de estatutos da nova entidade, a que se seguirá a definição do seu programa de acção e projectos âncora de excelência.

Estes serão, depois, candidatados aos fundos comunitários que, segundo Carlos Lage, serão “o grande fermento” deste projecto.

Para o presidente da CCDR-N, esta é “uma das melhores formas de canalizar os fundos comunitários destinados à internacionalização das empresas e à conquista de novos mercados e criação de novos produtos e marcas”.

Para além dos presidentes da CCDR-N, da ATP e da APICCAPS, participam na apresentação do Pólo de Competitividade e Tecnologia das Indústrias da Moda o coordenador do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho, e o secretário de Estado da Indústria e Inovação, Castro Guerra.

Apesar de sedeado no Norte, Carlos Lage garante que o novo pólo da moda pretende ter “carácter nacional e ambição mundial”. 

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