O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vale de Cambra (SCMVC), Pina Marques, manifesta-se “muito preocupado” com o futuro da instituição criada há cerca de 56 anos.
“Se percebermos o que tem acontecido nos últimos tempos e se prevermos o que vai acontecer nomeadamente com o aumento dos custos de alimentação, temos razões para estarmos muito preocupados”, afirmou à EDV Informação Pina Marques.
“O agravamento das condições de vida gerais e das instituições de uma maneira particular – que têm índices de inflação muito superiores àquilo que são considerados para efeitos de actualização das mensalidades e das comparticipações da Segurança Social – deixa-nos com uma preocupação muito séria e fundamentada relativamente à sustentabilidade futura”, frisou o provedor.
De acordo com um recente relatório sobre a taxa de inflação social nas Misericórdias de norte a sul do país, a subida dos bens alimentares – designadamente a subida de preços da alimentação e bebidas não alcoólicas – e a de bens como o pão e o leite foi a “grande responsável” pelo aumento da despesa nestas instituições.
A SCMVC não foge à regra.
“Temos de agradecer a quem tem tido sensibilidade e disponibilidade para nos conceder alguns apoios, sobretudo ao Banco Alimentar Contra a Fome, a particulares e empresas. Isso tem feito a diferença para que se consiga sobreviver”, disse Pina Marques.
Com um orçamento anual de cerca de dois milhões de euros, a SCMVC está a implementar um processo de reestruturação interna.
“Precisamos de fazer uma reestruturação rápida em termos do organigrama e de conteúdos funcionais para darmos cobertura às necessidades e manter a qualidade que nos caracteriza”, referiu.
“Neste momento a palavra de ordem é todos – colaboradores e administração – procuramos fazer o máximo pelo equilíbrio e sustentabilidade da instituição”, acrescentou.
A SCMVC movimento cerca de 100 colaboradores, repartidos pelas diferentes valências – Centro de Acolhimento Temporário (CAT) S. Gonçalo, creche, ATL, jardim-de-infância, Lar Sénior, Centro de Dia, centro de convívio e serviço de apoio domiciliário.
A história da SCMVC começou em 1952. O seu primeiro provedor foi António Henriques Tavares de Almeida, que ocuparia estas funções até 1970.
Numa fase inicial, as reuniões da instituição realizavam-se na Câmara Municipal e o primeiro trabalho da então mesa administrativa prendeu-se com a preparação para a construção dum hospital nos terrenos onde está hoje implantado o centro de saúde.
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