Cultura, Póvoa de Varzim

Praça dos Pintores: a descoberta da linguagem universal da pintura – P. Varzim

Terminou ontem a 14ª edição da Praça dos Pintores, um concurso de pintura organizado pela Associação de Amizade Póvoa de Varzim/Cidades Geminadas em conjunto com a Câmara Municipal, e que juntou perto de 60 participantes vindos de Portugal, França e Alemanha, no Diana Bar, entre 10 e 11 de Maio.
Este evento, organizado no âmbito do Ano Europeu do Diálogo Intercultural, assinalou também o Dia da Europa, comemorado a 9 de Maio e tem como objectivo criar, através da pintura, um espaço de convívio e também de intercâmbio cultural, já que entre os participantes contavam-se jovens provenientes de Montgeron (França) e Eschborn (Alemanha), cidades com as quais a Póvoa mantém relações de amizade e geminação.
Os participantes estavam divididos em dois escalões, sendo o Escalão A para jovens entre os 14 e os 17 anos e o Escalão B para jovens entre os 18 e os 27 anos, e deveriam desenvolver o seu trabalho à volta do tema “Linguagens”, usando os materiais disponibilizados pela organização.

Para Francisco Casanova, presidente da Associação de Geminação, a Praça dos Pintores tem sido um sucesso, não só devido ao número de participantes, mas também devido ao convívio que proporciona: “apesar da pintura ser uma expressão individual, a sua construção não o é e por isso os participantes dialogam, discutem ideias. Há sempre uma relação de ligação e de trabalho”. Para o responsável, a Praça dos Pintores “é também uma ocasião para se reencontrarem amigos de outras edições ou para fazer novos amigos, algo que não aconteceria se a Praça não existisse”.

Entre os participantes, a opinião era unânime: a Praça dos Pintores é, de facto, um bom veículo para conhecer novas pessoas e as diferentes línguas parecem não atrapalhar. “É um evento divertido”, afirmaram Carsten e Christoph, de Eschborn, enquanto davam os últimos retoques nos seus trabalhos: o primeiro optou por retratar a relação entre a Europa e as outras nações, usando motivos como as mãos, as estrelas, os satélites; já Christoph baseou o seu trabalho na linguagem corporal e no ponto de exclamação, justificando a escolha com o facto de “a linguagem ter muitas respostas mas também muitas perguntas”. Para Rita e Denise, portuguesas, esta é boa forma de “trocar ideias e aprender novas coisas”, processo facilitado através da “linguagem universal da pintura”. Sobre o tema, “foi bem escolhido, porque é muito abrangente e, no final de contas, tudo é linguagem”. A Praça dos Pintores prevê também a participação de pessoas cujas idades não permitem a inscrição do concurso, como é o caso de Palmira Rodrigues que aos 62 anos conta já com duas participações na Praça dos Pintores.  “Para o ano volto”, promete, “quero continuar a mostrar que a nossa idade também tem utilidade e que podemos participar em coisas giras”. Participaram ainda um grupo de crianças da Escola dos Sininhos, trazidos pela professora Rosália Casais, que pintaram um conjunto de pequenos quadros, durante a manhã de sábado.
À medida que iam sendo terminadas e afixadas, as telas deixavam antever a variedade de cores, de elementos, formas e técnicas empregadas pelos participantes. Variedade essa que pode ser admirada entre 16 de Maio e 16 de Junho na Casa da Juventude, local onde todos os quadros do concurso estarão expostos. Durante esse período os quadros serão avaliados por um júri, representativo da sociedade civil, que escolherá um vencedor de cada um dos escalões. Ambos os prémios, no valor de 300€, serão atribuídos numa cerimónia que decorre a 14 de Junho, às 18h00, na Casa da Juventude.

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