Com 23 anos de existência e 1600 associados de todo o país, a Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente (APEA) foi hoje a eleições e o seu novo presidente nacional é Pedro Santos, que desde 2004 vinha presidindo ao Núcleo Regional do Norte desse organismo e é, desde 2006, o director da EDV Energia – Agência de Energia do Entre Douro e Vouga.
Sucedendo a Frederico Monteiro, que assume agora a presidência da Mesa da Assembleia-Geral da APEA, Pedro Santos terá como função consolidar a Engenharia do Ambiente e promover os profissionais desse sector. Para o novo presidente da APEA, deu-se «um passo importante» quando a Engenharia do Ambiente passou a ter um colégio específico na Ordem dos Engenheiros, mas «pela frente ainda há um longo caminho a percorrer». Isso deve-se ao facto da Engenharia do Ambiente ser «uma área nova», cujo mercado ainda está por aproveitar devidamente «porque nem sempre há a percepção de como é importante as empresas e outras entidades terem engenheiros do ambiente a trabalhar nos seus quadros».
Pedro Santos acredita que o seu novo cargo «irá certamente dar maior visibilidade aos projectos que têm vindo a ser promovidos pela EDV Energia, porque as pessoas, naturalmente, vão querer saber qual é a actividade que o novo presidente da APEA exerce». Dai, também, «a possibilidade de se desenvolverem iniciativas com entidades com que a região ainda não esteja a trabalhar», numa perspectiva de «alargar a rede de contactos e desenvolver novos projectos».
A nível da APEA, nos próximos dois anos a sua actividade estará centrada no tema das alterações climáticas, que tem «múltiplas implicações na área da Engenharia do Ambiente e que obriga a profundas alterações na forma de produção e consumo da sociedade actual». Ainda em 2008 está já previsto o CLIMA 2008 – Congresso Nacional sobre Alterações Climáticas, que se realiza a 29 e 30 de Setembro em Aveiro, e deverá afirmar-se como um evento bienal de referência sobre o tema.
Licenciado em Engenharia do Ambiente e Mestre em Gestão e Políticas Ambientais, Pedro Santos coordenou os processos da Agenda 21 Local em S. João da Madeira, Santo Tirso e no Nordeste Transmontano, e colaborou no Plano Estratégico de Ambiente do Grande Porto – Projecto Futuro Sustentável. Em 2005 e 2006 elaborou os diagnósticos e planos de acção na área dos resíduos para os municípios portugueses que integram o Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, liderando também a equipa técnica que elaborou o Guia de Boas Práticas e a Estratégia Regional para a Gestão de Resíduos de Construção e Demolição na Área Metropolitana do Porto. É docente desde 2002, leccionando várias disciplinas em cursos de Licenciatura, Pós-Graduações e Mestrados, na Universidade Católica Portuguesa, na Universidade de Aveiro, na Universidade Nova de Lisboa e na Escola de Gestão Empresarial.
No dirigismo associativo, Pedro Santos está activo há 20 anos: «Comecei com uma pequena associação de defesa do ambiente e depois passei por associações juvenis de ciência. É quase um hobby e, se tenho este bichinho do associativismo, é porque entendo que, se as pessoas puderem dar um contributo para além da sua actividade profissional, devem fazê-lo».
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